INE confirma desaceleração da inflação para 2,5% em janeiro
Travagem é em parte explicada pelo efeito de base associado ao fim do IVA Zero e ao aumento de preços da eletricidade verificado em janeiro de 2024.
A taxa de inflação homóloga desacelerou para 2,5% em janeiro, ajudada pelas descidas dos bens alimentais essenciais e da eletricidade, devido sobretudo ao efeito base, confirmou esta quarta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE). A evolução significa menos 0,5 pontos percentuais do que no mês anterior.
Descontando os produtos alimentares não transformados e energéticos, o ritmo de abrandamento foi mais lento. A inflação subjacente foi de 2,7%, quando em dezembro se fixou em 2,8%. Este indicador é especialmente relevante porque mede o aumento dos preços em bens menos voláteis e, portanto, permite medir o enraizamento da inflação.
A influenciar a evolução do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) esteve a variação homóloga do agregado relativo aos produtos energéticos, que diminuiu para 2,4%, o que compara com a taxa de 4,9% no mês precedente, refletindo o efeito de base dos preços da eletricidade registado em janeiro do ano passado.
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Paralelamente, a taxa de inflação dos produtos alimentares não transformados diminuiu para 1,8%, muito abaixo dos 3,4% registados em dezembro. Este desempenho resultou sobretudo do aumento em cadeia registado em janeiro de 2024 no seguimento do final da isenção de IVA aplicada aos bens alimentares essenciais.
Face ao mês anterior, o INE destaca ainda as diminuições das taxas de variação homóloga da habitação, água, eletricidade, gás e outros combustíveis e dos bens alimentares e bebidas não alcoólicas, com variações de 3,5% e 1,4% respetivamente (7,1% e 3,4% subidas de 4% e 0,5% respetivamente, o que compara com uma taxa 2,5% e -0,7% no mês anterior.
Na variação mensal, o IPC registou uma taxa de variação mensal de -0,5%, que compara com uma taxa de 0,1% no mês anterior e nula em janeiro de 2024). Já a variação média dos últimos 12 meses foi 2,4%.
Por seu lado, o Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português apresentou uma variação homóloga de 2,7%, uma taxa inferior em 0,4 pontos percentuais (pp.) à registada no mês anterior. Este é o indicador utilizado na comparação entre os diversos países da União Europeia e distingue-se do IPC pela inclusão da despesa realizada pelos não residentes.
A taxa de variação do IHPC foi superior em 0,2 pp. à da média da Zona Euro, uma variação inferior à diferença de 0,7 pp. registada em dezembro.
(Notícia atualizada às 11h42)
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