Mais de um terço dos telemóveis vendidos em 2025 terão IA generativa, prevê Deloitte
Consultora concluiu que a melhoria dos equipamentos levará a uma subida de 7% nas vendas mundiais de smartphones este ano.
Mais telemóveis vendidos e mais inteligentes. É esta uma das principais previsões tecnológicas da Deloitte, que antevê um aumento de 7% nas vendas mundiais de smartphones em 2025 devido à melhoria dos equipamentos. A consultora estima que mais de um terço (30%) tenha funcionalidades de Inteligência Artificial (IA) generativa, o que capta a atenção dos consumidores.
A subida acontecerá um ritmo superior ao do ano passado (+5%). Ainda assim, nos computadores portáveis, a introdução desta tecnologia será até mais acelerada, com cerca de metade (50%) dos modelos vendidos a terem estas capacidades de processamento modernas, de acordo com o estudo “Technology, Media & Telecommunications (TMT) Predictions” realizado pela Deloitte.
Os autores do relatório consideram que a integração de IA generativa nos telemóveis poderá também ser uma alavanca para a venda de dispositivos premium (gama mais alta dos smartphones, que abrange os dobráveis, entre outros), até porque, segundo um outro estudo anterior da Deloitte, 50% dos consumidores, entre os 24 e os 45 anos de idade, indicaram que considerariam atualizar os seus smartphones antecipadamente para ter acesso a funcionalidades de IA generativa.
“A concretização do impacto das tecnologias emergentes dependerá em larga medida da capacidade do setor para construir pontes, colmatando as lacunas ainda existentes na adoção e utilização destas inovações”, começa por referir Pedro Tavares, partner (sócio) e líder de TMT da Deloitte. “Será necessário ter em conta o equilíbrio dos investimentos já realizados, as capacidades dos agentes de AI, que deverão ganhar maior peso, e a gestão das preocupações em torno da gestão do consumo de energia dos centros de dados”, exemplifica.
Em causa está o facto de a Big Four antecipar que todo este avanço tecnológico vá duplicar o consumo de eletricidade pelos centros de dados globais, para 4%, até 2030.
É que, além da IA, esperam-se outros desenvolvimentos na computação (cloud computing) e no setor das telecomunicações em particular, “que deverão trazer níveis de eficiência sem precedentes, novos modelos de negócio e experiências melhoradas para os consumidores”, de acordo com o especialista no digital.
“Estou convicto de que a forma como coletivamente abordarmos estes desafios irá definir o futuro não só da sociedade atual, mas de todas as gerações que se seguem”, afirma Pedro Tavares.
Dependerá também da capacidade de controlo dos conteúdos gerados por IA para fins maliciosos, como os deepfakes (quando a tecnologia se apodera da imagem ou voz de alguém para transmitir ou recolher informações), que também aumentarão, concluíram os estudiosos.
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