Preços dos restaurantes e hotéis aqueceram mais em janeiro
Taxa de inflação homóloga dos restaurantes e hotéis foi a mais elevada entre as classes consideradas pelo Índice de Preços no Consumidor, seguida pelas comunicações.
O aumento dos preços desacelerou em janeiro, mas a tendência não foi favorável em todas as áreas. A taxa de inflação homóloga dos restaurantes e hotéis e a das comunicações continuam a ser mais elevadas, tendo subido face a dezembro, indicam os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) publicados na quarta-feira.
O Índice de Preços no Consumidor (IPC) fixou-se em 2,5%, em termos homólogos, no arranque do ano, uma descida de 0,5 pontos percentuais (pp.) face ao mês anterior. Esta evolução resultou sobretudo das descidas dos bens alimentares essenciais e da eletricidade, devido ao efeito de base.
Porém, a desaceleração não foi transversal a todos os segmentos que contam para o cabaz da inflação. A taxa de inflação homóloga nacional na restauração e hotéis acelerou pelo quarto mês consecutivo, fixando-se em 5,6% no primeiro mês do ano, acima dos 5,24% registados em dezembro, e tornando-se a mais elevada entre os agregados considerados. Ainda assim, ficou abaixo do nível alcançado em janeiro de 2024.
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Seguindo de perto a restauração e hotéis, também os preços das comunicações registaram aumentos consideráveis. A taxa de inflação homóloga deste agregado subiu para 5,5% em janeiro, ligeiramente acima dos 5,39% registados em dezembro e próximo dos 5,43% em janeiro de 2024.
Acima da taxa geral está ainda a inflação do lazer, recreação e cultura, que subiu para 4,04% (taxa de 2,46% em dezembro), a da habitação, água, eletricidade, gás e outros combustíveis para 3,48% (taxa de 7,1% em dezembro) e a da saúde 3,29% (taxa de 3,29% em dezembro). O único agregado com uma variação negativa foi o dos acessórios para o lar, equipamentos domésticos e manutenção da habitação, com uma queda de 0,94%.
No entanto, janeiro trouxe outra novidade. Ao contrário do habitual, a inflação dos produtos alimentares e bebidas não alcoólicas desacelerou, fixando-se em 1,44%, ou seja, abaixo dos 3,41% registados em dezembro e dos 2,7% em janeiro de 2024.
No bolo global, nas classes com maiores contribuições positivas para a variação homóloga do IPC destacam-se a dos restaurantes e hotéis, a dos transportes (taxa de 2,41%), a dos bens alimentares e bebidas não alcoólicas e da habitação, água, eletricidade, gás e outros combustíveis.
Inflação do chocolate com o maior aumento mensal
Em janeiro de 2025, o IPC registou uma taxa de variação mensal de -0,5%. Entre as contribuições positivas relevantes, destacam-se os restaurantes, cafés e estabelecimentos similares, os jogos e apostas, o gasóleo, o peixe fresco ou frigorificado e o chocolate, que já reflete a subida do preço do cacau nos mercados internacionais.
Em relação às contribuições negativas, realça-se o vestuário, em consequência do habitual período de saldos de fim de época, dos voos internacionais e da eletricidade.
No entanto, entre estes o chocolate registou a mais variação mensal: 9,87%, sendo seguida na lista pelos jogos e apostas que subiram 6,14%. Por outro lado, a maior queda verificou-se no vestuário de criança e de bebé (-19,76%) e nos voos internacionais (-18,16%).
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