Hospital Infanta Elena incorpora uma nova tecnologia de ressonância magnética baseada em IA que proporciona rapidez, precisão e qualidade às imagens

  • Servimedia
  • 17 Fevereiro 2025

O Hospital Universitário deu mais um passo na sua trajetória de inovação sanitária e tecnologia de ponta com a incorporação de uma tecnologia de ressonância magnética impulsionada pela IA.

O Dr. Anthony Vizarreta, chefe do Departamento de Radiologia do hospital de Valdemora, explicou que “a chegada desta ferramenta responde à crescente procura de exames de imagem devido ao envelhecimento da população, ao aumento das patologias crónicas e ao papel fundamental dos exames de imagem nas necessidades de diagnóstico da população”.

“Um cenário que obriga as tecnologias de imagiologia médica a avançar com rapidez, precisão e qualidade: com esta tecnologia reforçamos a nossa excelência diagnóstica, porque otimiza tanto a precisão dos exames como a experiência dos doentes e dos profissionais, e contribui para oferecer cuidados mais eficientes num contexto de crescente pressão sanitária”, afirmou.

Concretamente, “este novo equipamento é um software avançado que melhora o processo de aquisição de imagens de RM”, explicou, acrescentando que “se baseia num algoritmo de reconstrução de IA aplicado na fase inicial do sinal, que elimina o ruído e preserva os pormenores com uma resolução melhorada. Além disso, ao integrar-se no motor de aceleração MR Compressed Sense do hospital, reduz os tempos de exame tradicionais até três vezes sem comprometer a qualidade da imagem.

Ao contrário dos sistemas de RM tradicionais, a nova tecnologia integra algoritmos de IA no motor, uma característica já presente no equipamento anterior do Infanta Elena. No entanto, enquanto as gerações anteriores limitavam a velocidade ou a resolução para evitar o ruído nas imagens, esta inovação utiliza a reconstrução baseada em IA a partir da fonte do sinal, eliminando as interferências e preservando os pormenores críticos. Isto traduz-se numa maior resolução de imagem e numa redução significativa dos erros de imagem (chamados “artefactos”) que complicavam os diagnósticos, o que, por sua vez, significa uma redução drástica dos exames não diagnósticos.

BENEFÍCIOS

As principais vantagens desta ferramenta incluem rapidez e precisão (exames significativamente mais rápidos sem sacrificar a qualidade); imagens de maior resolução, com um aumento de 65% na definição; detalhe milimétrico (maior confiança no diagnóstico, com a capacidade de detetar pequenas lesões, como tumores incipientes); menor ruído e menos artefactos, o que melhora a interpretação dos resultados; versatilidade (é compatível com 97% dos protocolos clínicos, desde estudos cerebrais a cardíacos); maior acessibilidade para os doentes, com menos tempo no scanner (sendo ideal para crianças, idosos ou pessoas com claustrofobia), maior conforto e diagnósticos mais precoces; e impacto nos doentes e profissionais.

Para os doentes, a principal vantagem é a redução do tempo de permanência no scanner, o que diminui a ansiedade e melhora o conforto, especialmente para os doentes claustrofóbicos ou pediátricos. Além disso, a melhor qualidade de imagem reduz a necessidade de repetir os exames, evitando deslocações desnecessárias.

Para os profissionais, melhora a eficiência e a fiabilidade do diagnóstico. A possibilidade de obter imagens mais precisas em menos tempo otimiza o fluxo de trabalho no departamento de radiologia, permitindo que mais pacientes sejam atendidos com o mesmo nível de recursos.

“Esta tecnologia é utilizada em 97% dos protocolos clínicos atuais, abrangendo aplicações de imagem quantitativa no cérebro (doenças degenerativas), coração, fígado (maior nitidez nas lesões/patologias) e sistema músculo-esquelético (análise de tecidos e lesões com contraste avançado)“, o que permite diagnósticos mais precisos em doenças complexas como o cancro”, afirmou o Dr. Vizarreta.

A sua implementação no hospital de Valdemoreño não exigiu mudanças estruturais significativas, uma vez que está integrado na tecnologia existente, mas requer uma atualização dos protocolos clínicos e formação específica para o pessoal, o que resulta numa melhoria dos cuidados prestados aos pacientes.

Esta aquisição está de acordo com os padrões internacionais de vanguarda do Hospital Universitário Infanta Elena e reforça a sua aposta na incorporação de tecnologia de diagnóstico de última geração nas mãos dos melhores profissionais, em benefício de diagnósticos mais rápidos, precisos e acessíveis.

De acordo com o especialista, “o futuro da ressonância magnética é marcado pela inteligência artificial e pela aprendizagem profunda, e tecnologias como esta representam um passo crucial nesta evolução”. “A aplicação da IA na imagiologia médica não só melhora a qualidade do diagnóstico, como também otimiza os recursos de saúde, permitindo-nos enfrentar os desafios do envelhecimento da população e o aumento da procura e da pressão dos cuidados”, acrescentou.

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