IA deverá impulsionar economia chinesa a partir de 2026, prevê Goldman Sachs
Apesar do impulso económico, o banco de investimento Goldman Sachs advertiu para o impacto da indústria no mercado de trabalho chinês.
O banco de investimento norte-americano Goldman Sachs acredita que a inteligência artificial (IA) vai dar um ligeiro impulso à economia da China nos próximos anos, mas adverte para o impacto da indústria no mercado de trabalho.
Numa nota enviada aos investidores, o banco de investimento, que tem sede em Nova Iorque, estimou que a IA vai começar a ter um impacto no crescimento da segunda maior economia do mundo a partir do próximo ano, e que, em 2030, terá estimulado a expansão entre 0,2% e 0,3% — maior do que as estimativas anteriores.
“O recente aparecimento da DeepSeek como concorrente global credível dos líderes de IA sediados nos Estados Unidos sugere um desenvolvimento e uma adoção mais rápidos da IA na China do que prevíamos anteriormente”, lê-se na mesma nota.
“Desenvolvimentos recentes demonstraram a capacidade das empresas chinesas de melhorar continuamente o desempenho enquanto reduzem os requisitos de potência de computação, abrindo caminho para uma adoção mais rápida da IA na China”, frisou.
A DeepSeek, sediada em Hangzhou, no leste da China, lançou dois modelos avançados de IA de código aberto por uma fração do custo e da capacidade de computação que as principais empresas de tecnologia normalmente exigem para projetos semelhantes.
Espera-se que a adoção da IA na China estimule o crescimento económico através da automatização de tarefas, que poupa custos com mão-de-obra e aumenta a produtividade, afirmou o banco de investimento.
Em causa está a utilização da IA na robótica humanoide, uma prioridade para Pequim. A utilização destes robôs, com cabeça, tronco, braços e pernas, em fábricas e armazéns, visa compensar o rápido envelhecimento da população da China.
O Goldman Sachs advertiu que, embora a IA e a robótica possam “dar uma resposta ao envelhecimento da sociedade”, a utilização da tecnologia poderá perturbar o mercado de trabalho da China, numa altura sensível.
O país enfrenta já uma “grave recessão no setor imobiliário” e uma taxa de desemprego jovem superior a 15%, combinada com relatos de perdas de postos de trabalho na construção, finanças e função pública.
“Por conseguinte, o ritmo de substituição da mão-de-obra pela tecnologia tem de ser gerido cuidadosamente”, afirmou.
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