Rubio admite que UE deve estar nas negociações de paz da Ucrânia
"A União Europeia terá de estar na mesa das negociações, em algum momento, porque também tem sanções", disse o secretário de Estado norte-americano.
O secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, defendeu esta terça-feira que todos devem ter um lugar à mesa de negociações sobre a guerra na Ucrânia, incluindo a União Europeia (UE).
“Há outras partes que têm sanções (contra a Rússia), a União Europeia terá de estar na mesa das negociações, em algum momento, porque também tem sanções”, disse Rubio a jornalistas, no final das conversações entre os Estados Unidos e a Rússia, na Arábia Saudita.
No final do encontro em Riade, onde esteve frente-a-frente com o chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, Rubio acrescentou que as relações entre Washington e Moscovo podem ser reforçadas se a guerra na Ucrânia terminar. O secretário de Estado norte-americano admitiu que “existem oportunidades extraordinárias de parceria” com a Rússia, mas acrescentou que “a chave para o conseguir é acabar com o conflito” na Ucrânia.
Rubio disse ainda que o seu Governo vai nomear uma “equipa de alto nível” para negociar o fim dessa guerra com a Rússia. “Vamos nomear uma equipa de alto nível para ajudar a negociar e a executar o trabalho até ao fim do conflito na Ucrânia de uma forma que seja duradoura e aceitável para todas as partes envolvidas”, disse Rubio.
O chefe da diplomacia norte-americana garantiu ainda que Serguei Lavrov concordou em “começar a trabalhar a um nível elevado para começar a discutir, pensar e examinar a cooperação geopolítica e económica que pode resultar do fim do conflito na Ucrânia”.
Sobre o processo negocial, Rubio disse que deve conduzir a “um fim permanente da guerra e não a um fim temporário”, ao mesmo tempo que sugeriu que “a realidade prática é que haverá algum debate sobre o território e haverá um debate sobre as garantias de segurança”.
Rubio lembrou ainda que o Presidente norte-americano, Donald Trump, manifestou “o seu desejo, a sua determinação” em acabar com a guerra e com “o massacre que tem vindo a ocorrer” desde o início da invasão russa da Ucrânia em 2022, onde permanecem “campos de extermínio no leste e no sul que são inaceitáveis”.
“O Presidente Trump mudou toda a conversa global, de se a guerra vai acabar, para como vai acabar. E só o Presidente Trump pode fazer isso”, argumentou Rubio. As negociações em Riade duraram cerca de quatro horas e meia e incluíram, do lado russo, o conselheiro do Kremlin, Yuri Ushakov; o ministro dos Negócios Estrangeiros, Serguei Lavrov, e o diretor do Fundo Russo de Investimento Direto, Kirill Dmitriev.
A delegação dos EUA esteve representada por Rubio, pelo conselheiro de segurança nacional, Mike Waltz, e pelo enviado especial dos EUA para o Médio Oriente, Steve Witkoff.
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