Excedente externo é o maior de sempre. Atingiu 3,3% em 2024

Excedente da balança de serviços superou o défice da balança de bens, atingindo 11,2% do PIB, o valor mais elevado da série histórica do Banco de Portugal.

O excedente externo da economia portuguesa subiu para 3,3% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024, de acordo com os dados divulgados esta quarta-feira pelo Banco de Portugal (BdP). O rácio alcançado é o mais elevado desde 1953, início da série histórica do regulador.

Os dados publicados pelo supervisor indicam que a economia portuguesa registou um excedente externo de 9,3 mil milhões de euros no ano passado, superando o excedente de 5,3 mil milhões de euros alcançado em 2023, correspondente a 2% do PIB.

A contribuir para esta evolução esteve o excedente de 6,7 mil milhões de euros (2,3% do PIB) registado na balança de bens e serviços, com o saldo positivo na balança de serviços a superar o défice registado na balança de bens. Em 2023, a balança de bens e serviços tinha apresentado um excedente de quatro mil milhões de euros (1,5% do PIB).

Num retrato mais detalhado verifica-se que, em valor absoluto, o défice da balança de bens praticamente não se alterou face a 2023. Contudo, em percentagem do PIB, reduziu-se de -9,5%, em 2023, para -8,9% em 2024.

Já o excedente da balança de serviços aumentou 2,7 mil milhões de euros relativamente a 2023, para 31,9 mil milhões de euros, o correspondente a 11,2% do PIB, o valor mais elevado da série histórica. “Este aumento deveu-se a um crescimento mais acentuado das exportações do que das importações (8,1% e 6,8%, respetivamente)”, explica o Banco de Portugal.

Nas exportações de serviços, destaca-se a componente das viagens e turismo, que cresceu 8,8% em relação a 2023, enquanto nas importações o aumento de 10,7% na rubrica dos outros serviços fornecidos por empresas.

Fonte: Banco de Portugal

Por seu lado, o défice da balança de rendimento primário diminuiu dois mil milhões de euros e o excedente da balança de rendimento secundário diminuiu ligeiramente em relação ao registado em 2023, refletindo, em parte, “a menor atribuição a beneficiários finais dos fundos europeus classificados como cooperação internacional corrente”.

o excedente da balança de capital caiu 0,6 mil milhões de euros, principalmente devido a uma menor atribuição aos beneficiários finais de fundos europeus destinados a investimento.

(Notícia atualizada com mais informação)

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