Corticeira Amorim lucra menos 22% em 2024 e propõe dividendo de 32 cêntimos

A empresa liderada por António Rios de Amorim registou vendas consolidadas de 939,1 milhões de euros, menos 4,7% do que no ano anterior, devido ao contexto "adverso" do mercado.

A Corticeira Amorim teve lucros de 69,7 milhões de euros em 2024, o que representa uma queda de 21,6% em relação ao ano anterior. A empresa liderada por António Rios de Amorim diz que o resultado líquido foi penalizado pelo “aumento dos encargos financeiros, decorrentes do maior endividamento médio”.

Apesar da descida a dois dígitos nos lucros, o conselho de administração apresentou uma proposta de pagamento (único) de um dividendo bruto total de 32 cêntimos por ação, superior aos anteriores 20 cêntimos, a ser pago. A Assembleia Geral de acionistas realiza-se no próximo dia 28 de abril.

As vendas consolidadas fixaram-se nos 939,1 milhões de euros no ano passado, menos 4,7% do que em 2023, devido ao contexto “adverso” do mercado, que impactou negativamente os volumes e condicionou a evolução das vendas, segundo o documento enviado esta quinta-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Aliás, quase todas as unidades de negócio da empresa tiveram uma contração das vendas, exceto a Amorim Cork Composites, cujas vendas cresceram 2,7%, em termos homólogos. Apesar de ter perdido tração, a unidade de rolhas (Amorim Cork) continua a representar a grande fatia (76%) das vendas consolidadas da Corticeira Amorim, contribuindo com 732,3 milhões de euros.

“Encaramos com otimismo o ano de 2025, que se afigura igualmente desafiante. Acreditamos estar numa posição privilegiada para converter desafios em oportunidades, diferenciando-nos dos nossos concorrentes, respondendo com responsabilidade e qualidade à confiança dos nossos clientes”, prevê o presidente e CEO da Corticeira Amorim, na mensagem publicada com o relatório financeiro.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) consolidado foi de 157,6 milhões de euros, após uma diminuição de 11%, enquanto a margem EBITDA se cifrou em 16,8%. Boas notícias para a dívida líquida da corticeira portuguesa (detida em 51% pela Amorim Investimentos e Participações SGPS), tendo em conta que reduziu 19% para 196 milhões de euros.

António Rios Amorim destaca que o resultado da campanha da cortiça de 2024 “foi mais favorável”, depois de dois anos consecutivos de “forte inflação” da matéria-prima. “O negócio rolhas deverá continuar condicionado pela evolução do consumo global, mas as melhorias do mix de produto, as iniciativas de melhoria da estrutura de custos e ganhos de eficiência operacional deverão traduzir-se em aumentos de rentabilidade”, acrescentou o gestor.

Em 2023, a Corticeira Amorim registou um resultado líquido de 88,9 milhões de euros, o que significou uma queda de 9,7% em termos homólogos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Comentários ({{ total }})

Corticeira Amorim lucra menos 22% em 2024 e propõe dividendo de 32 cêntimos

Respostas a {{ screenParentAuthor }} ({{ totalReplies }})

{{ noCommentsLabel }}

Ainda ninguém comentou este artigo.

Promova a discussão dando a sua opinião