Ministras da Justiça e do Trabalho também têm participações em imobiliárias
Rita Júdice e Maria Palma Ramalho tem participações em empresas com atividades ligadas ao imobiliário, noticia a RTP, um dia depois de Castro Almeida ter confirmado a venda de uma participação.
A ministra da Justiça, Rita Júdice, e a ministra do Trabalho, Maria Palma Ramalho, juntam-se ao rol de governantes com participações em empresas com atividades ligadas ao imobiliário. A notícia é avançada esta sexta-feira pela RTP, pouco antes do arranque do debate da moção de censura ao Governo no Parlamento.
A RTP noticia que Rita Júdice tem participações em quatro sociedades com negócios imobiliários, detendo 50% das quotas em duas das empresas – ambas a atuar no imobiliário e turismo -, a Périplo Essencial e a Pedrasgest. Tem ainda uma participação de 30% na Canforeira (compra e venda de propriedades, cuja única área de atuação é imobiliário) e uma percentagem menor na Stone SPA (atua no instituto beleza e imobiliário).
Já Maria do Rosário Palma Ramalho tem a maioria do capital de uma sociedade denominada Rosário Palma Ramalho, cujo objeto social tem atividades ligadas à consultoria em diversas áreas e também “atividades de gestão de património imobiliário”.
Na quinta-feira, o ministro Adjunto e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, confirmou que decidiu “vender a quota da empresa, porque nessa altura começou a gerar-se no espaço público a ideia de que ter uma empresa de imobiliário era uma vantagem [no âmbito] da lei dos solos”. As declarações seguiram-se a uma investigação da RTP obre a venda que o ministro terá feito a 13 de fevereiro deste ano, já depois da saída polémica do seu secretário de Estado Hernâni Dias.
Os casos surgem depois de o Correio da Manhã noticiar que o primeiro-ministro, Luís Montenegro, vendeu as quotas à mulher e aos dois filhos. Em resposta ao jornal, Montenegro indicou apenas que deixou de ser sócio da empresa Spinumviva a 30 de junho de 2022, data do contrato de cessão e divisão de quota revelado pelo mesmo jornal.
O primeiro-ministro remeteu mais esclarecimentos para o debate da moção de censura no parlamento marcado para hoje.
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