Se fosse primeiro-ministro “claro que estaria em Kiev”, diz Pedro Nuno Santos
"Nos últimos tempos, em matéria de política de defesa, nós não temos tido informação por parte do primeiro-ministro", criticou o secretário-geral do PS.
O secretário-geral do PS garantiu esta terça-feira que estaria em Kiev, no terceiro aniversário da invasão da Ucrânia pela Rússia, se fosse primeiro-ministro e admitiu que não tem tido contactos recentes sobre política externa com Governo.
A posição foi assumida Pedro Nuno Santos em declarações aos jornalistas na sede do partido, em Lisboa, após um encontro com a ICCOPN – Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas.
“De forma inequívoca, claro que estaria em Kiev se fosse primeiro-ministro, pela simples razão de que esse é um dos temas mais importantes que ocupa neste momento a União Europeia e que nos interessa a todos”, disse, após ser questionado sobre se iria até à capital da Ucrânia se estivesse no lugar de Luís Montenegro.
Para o líder do PS, “Portugal não pode estar de fora” e deve “garantir todas as condições informáticas para que as reuniões aconteçam por videoconferência” com a participação do chefe de Governo português – aludindo ao facto de o primeiro-ministro português, por problemas técnicos, ter tido dificuldade em ligar-se, à distância, à conferência de apoio à Ucrânia que decorre em Kiev.
Pedro Nuno salientou também que neste momento, por estar na oposição, o PS “não tem toda a informação sobre as discussões que existem no plano europeu” e revelou que os socialistas não têm “tido contacto recente sobre a política externa por parte do primeiro-ministro”.
“Portanto, nós temos pouca informação para poder dizer de forma concreta qual seria o nível ou qual poderá ser o nível de envolvimento de Portugal (…) nos últimos tempos, em matéria de política de defesa, nós não temos tido informação por parte do primeiro-ministro”, acrescentou.
O líder socialista salientou a importância do conflito ucraniano para o PS e garantiu estar disponível para “conversar sobre o tema com o primeiro-ministro” desde que o Governo entenda que o contributo dos socialistas é útil.
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