CEO da TAP espera “adiamento de dois a três meses” na privatização

Luís Rodrigues acredita que processo de venda da companhia aérea será retomado e defende que a privatização ajudará a tornar a TAP numa empresa de excelência.

O presidente executivo da TAP, Luís Rodrigues, acredita que o processo de privatização da companhia aérea vai ser retomado pelo próximo Governo e que a realização de eleições antecipadas irá apenas adiar a operação por alguns meses.

Neste momento, ninguém está a falar no fim da privatização da TAP, mas num adiamento de dois ou três meses“, afirmou o CEO da companhia aérea, esta quarta-feira, na CNN Summit dedicada ao turismo que decorre na BTL, em Lisboa.

Luís Rodrigues defendeu que a TAP “tem uma imagem melhor lá fora do que cá dentro, o que também será resolvido”, mas que a companhia tem de “fazer um caminho para a excelência”.

“Isso pode ser feito com ou sem a privatização, mas a privatização ajuda”, disse.

O processo de venda fica interrompido com a queda do Governo na terça-feira, na sequência da rejeição da moção de confiança pelo Parlamento. No dia anterior, o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, tinha afirmado que ficando o Executivo em gestão não avançaria com o decreto-lei para a privatização da TAP.

Quando se trata de processos com complexidade que precisam de atos iniciais legislativos, naturalmente o Governo em gestão está limitado para as fazer”, respondeu Leitão Amaro no briefing do Conselho de Ministros a uma questão sobre se o Governo iria dar seguimento à venda da companhia aérea portuguesa.

O Executivo tinha previsto avançar com o decreto de privatização da TAP até ao final do primeiro trimestre, calendário que ficará comprometido caso fique em gestão. A Parpública recebe até meados deste mês as novas avaliações à companhia aérea. A venda da TAP atraiu vários interessados, entre eles três dos maiores grupos de aviação europeus: Air France-KLM, IAG e Lufthansa.

O CEO da Air France-KLM, Ben Smith, afirmou a semana passada que mantém o interesse na privatização da TAP e não vê um eventual atraso de seis a 12 meses, provocado pela crise política, como “material”. O responsável do grupo franco-neerlandês pediu, no entanto, “visibilidade rapidamente” e “estabilidade” para poder avançar com o negócio.

Carsten Spohr, CEO da Lufthansa, também reiterou a semana passada o interesse na companhia aérea portuguesa, mas reconheceu que o processo de venda “pode demorar mais tempo”.

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