“Já que temos o 18 de maio, aproveitemos”. Pedro Reis pede “clarificação política”
Ministro da Economia defende que apenas uma "solução clarificadora na política" permitirá que "a política dê espaço à economia". E deixou uma receita com três prioridades para "quem for Governo".
Apenas uma “solução clarificadora na política” irá permitir a “profundidade estratégica” necessária para fazer avançar a economia. Foi este o argumento defendido pelo ministro da Economia, Pedro Reis, esta sexta-feira num almoço-debate em Lisboa, onde deixou uma receita para “quem for Governo”.
“Já que temos o 18 de maio, aproveitemos o 18 de maio. Isto quer dizer, e é o que os portugueses esperam, as empresas esperam, os estrangeiros observam, é se vai sair uma solução clarificadora na política, para que a política dê espaço à economia“, afirmou o governante numa intervenção num debate organizado pelo International Club Portugal, num hotel em Lisboa.
Perante uma plateia que contava também com o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, Pedro Reis – que assume preferir ser um “ministro das empresas do que ministro da Economia – considerou que “a economia não é macro, não é relatórios, é execução, é decisão” para sustentar que “este é o momento de olhar para a frente” e “ir à profundidade da competitividade portuguesa“.
“O que vem com clarificação? Profundidade estratégica“, disse. Minutos antes, Pedro Reis elencou três prioridades para “a economia portuguesa e quem for Governo considerar“: trabalhar na agilização de licenciamentos (o Executivo estava a trabalhar nesta matéria a nível industrial e queria avançar para o comércio e turismo), avançar na desburocratização e nos incentivos e rever o processo de compras públicas.
A intervenção de Pedro Reis ocorre uma semana depois de o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, ter anunciado eleições antecipadas para 18 de maio, na sequência da queda do Governo após o chumbo da moção de confiança no Parlamento.
Ministério da Economia e Defesa rastreiam empresas para o cluster da indústria da defesa
O ministro da Economia adiantou ainda que o Ministério que tutela e o Ministério da Defesa estão a trabalhar em conjunto para desenvolver a indústria da defesa, numa altura em que o investimento no setor está a ser exigido aos Estados-Membros da União Europeia (UE).
Pedro Reis explicou que, neste âmbito, está a ser feito o “rastreamento de todas as empresas capacitadas para entrar neste cluster”, a “identificação do procurement europeu, da NATO” e das Forças Armadas portuguesas, a “compilação dos instrumentos financeiros europeus e portugueses que possam funcionar como, e em articulação com o Banco de Fomento, como instrumentos de facilitação desse mesmo clauster” e um “fast track de compras públicas”.
De acordo com o governante, o país tem “oportunidades” na indústria, nomeadamente na “área de componentes, plataformas de operação, de satélites”, de software espacial e do fardamento“. Ademais, sinalizou que o Governo está a trabalhar para “encontrar parcerias com países que estão muito avançados nessa matéria”.
(Notícia atualizada às 15h28 com mais informação)
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