‘ChatGPT português’ Amália só disponível ao público no final de junho de 2026
A versão beta do LLM português está apenas disponível aos centros de investigação que o estão a desenvolver.
O ChatGPT português Amália só estará disponível ao grande público no final do primeiro semestre do próximo ano, diz fonte oficial do Ministério da Juventude e Modernização e do Ministério da Educação, Ciência e Inovação ao ECO. A versão beta está apenas disponível aos centros de investigação que o estão a desenvolver.
A conclusão da fase beta do primeiro Modelo de Linguagem em Grande Escala (LLM, na sigla em inglês) de Portugal, o Amália, anunciado por Luís Montenegro durante a Web Summit, tinha sido apontada para o final do primeiro trimestre deste ano.
“A versão beta do modelo não estará acessível ao público em geral, sendo disponibilizada apenas aos Centros de Investigação que integram o consórcio responsável pelo seu desenvolvimento”, clarifica a mesma fonte do Governo.
O treino e desenvolvimento técnico está a cargo de “um consórcio liderado pelos centros de investigação Nova LINCS da Universidade Nova de Lisboa, Instituto de Telecomunicações e Instituto Superior Técnico, e integrará outros centros de investigação nacionais com reconhecido mérito no âmbito da Inteligência Artificial”, informou o Governo em comunicado.
E, de “forma a tornar o modelo o mais robusto possível e permitir aproveitar sinergias com conhecimento desenvolvido por outros centros de investigação e iniciar o processo de treino do Amália com dados de domínios específicos (e.g. Media, Ciência e Educação)”, a Fundação de Ciência e Tecnologia “celebrou um contrato com a Universidade Nova de Lisboa e com o Instituto Superior Técnico, bem como com a Universidade de Coimbra, Universidade do Porto e Universidade do Minho”.
Mais, este “projeto é concretizado em articulação com centros de investigação nacionais, tais como o NOVA LINCS, o IT, o INESC-ID, o INESC-TEC, o CISUC e o ALGORITMI, envolvendo adicionalmente investigadores da Universidade da Beira Interior e Universidade de Évora”.
Financiado com 5,5 milhões de euros do Plano de Recuperação e Resilência (PRR), o Amália tinha uma plano de desenvolvimento faseado a 18 meses, com a fase final (intermodal) — “capaz de interpretar diversos formatos de dados”, como texto, imagem e vídeo — prevista para o segundo trimestre de 2026.
Só nessa altura, o Amália ficará assim disponível para o grande público. “A versão final (versão multimodal) será disponibilizada em formato open source e gratuito no final do projeto, previsto para o final do primeiro semestre de 2026, conforme anunciado no comunicado de novembro de 2024″, diz o Governo.
“Assim, pretende-se não só a disponibilização do modelo em open source para que possa ser utilizado para o desenvolvimento de aplicações pela sociedade civil (e.g. empresas, centros de investigação), mas também será utilizado pela Administração Pública para desenvolver aplicações que utilizem a Inteligência Artificial Generativa”, diz a mesma fonte ao ECO.
“Na esfera da Administração Pública, o objetivo será utilizar o modelo para o desenvolvimento destas aplicações específicas e disponibilizá-las para utilização pelos cidadãos. São exemplos destas aplicações um tutor educativo ou a assistente virtual do gov.pt”, destaca ainda.
Mas, em novembro, na mesma altura em que foi conhecido o montante alocado ao projeto via PRR, o Executivo referia que “todas as versões desenvolvidas [seriam] disponibilizadas de forma gratuita e em opensource, para que seja utilizado por todos, incluindo Academia, centros de investigação, entidades públicas, empresas e cidadãos”.
O Amália era uma das primeiras peças a serem conhecidas da Agenda Nacional para a Inteligência Artificial, cuja data de apresentação, que chegou a estar prevista para o final do primeiro trimestre, foi adiada com a queda do Governo.
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
‘ChatGPT português’ Amália só disponível ao público no final de junho de 2026
{{ noCommentsLabel }}