Marques Mendes acusa Gouveia e Melo de andar “a fingir” que não é candidato

  • Lusa
  • 1 Abril 2025

"Anda a fingir e a fazer de conta. É um bocadinho o taticismo. Eu achava que o taticismo era só dos políticos mais tradicionais, pelo visto é de todo lado", criticou o candidato presidencial.

O candidato presidencial Luís Marques Mendes acusou esta terça-feira o ex-chefe do Estado Maior da Armada de taticismo, por estar a “fazer de conta” e a fingir, ao não assumir oficialmente a candidatura à Presidência da República.

“Nem percebo porque é que ele anda a esconder isso [uma candidatura presidencial] e porque é que não se apresenta oficialmente. Anda a fingir e a fazer de conta. É um bocadinho o taticismo. Eu achava que o taticismo era só dos políticos mais tradicionais, pelo visto é de todo lado. Mas ele tem o direito. Quer fazer assim, faz assim”, afirmou Marques Mendes.

Luís Marques Mendes falava aos jornalistas à entrada de uma conferência na Nova SBE, em Carcavelos, Lisboa, com o tema “Portugal e o Futuro”, após questionado sobre as recentes intervenções públicas de Gouveia e Melo, apontado como candidato às eleições presidenciais, mas que tem evitado esclarecer se avança com a candidatura.

O antigo líder do PSD disse que já saudou Gouveia e Melo “por ser candidato, porque ele já é candidato”, considerando que é um facto já conhecido de todos. “Toda a gente sabe que é candidato. Ele sabe que nós sabemos que ele sabe que vai ser candidato”, atirou.

Marques Mendes, questionado sobre a recusa do primeiro-ministro em debater com o BE, Livre e PAN, absteve-se de comentar, acrescentando que já não é comentador e que deixou de o ser porque acredita que “uma candidatura assumida é melhor do que uma candidatura disfarçada”.

O candidato presidencial afirmou ainda que o protocolo sobre migração assinado entre Governo e confederações patronais é um “passo histórico” “se a burocracia não der cabo dele”.

Luís Marques Mendes elogiou o protocolo de cooperação para a migração laboral, defendendo que foi um “passo histórico” e uma iniciativa com um nível de pormenor como “nunca se fez”, mas que precisa que não enfrente um “excesso de burocracia” que dê “cabo dele” e o “mate”.

O candidato presidencial falava aos jornalistas à entrada de uma conferência na Nova SBE, em Carcavelos, Lisboa, com o tema “Portugal e o Futuro”, onde foi questionado sobre o protocolo de cooperação para a migração laboral, assinado entre cinco confederações empresariais e entidades do Estado, que visa acelerar a contratação de cidadãos estrangeiros, mediante certos requisitos.

“A única coisa mesmo que eu desejo é isto: que a burocracia que existe em grande número em Portugal não mate este belo acordo. Chamo sempre a atenção disto porque boas ideias são ótimas, boas ideias no papel são excelentes, mas o que é importante mesmo é que temos boas ideias na prática do ponto de vista económico e social”, atirou.

Para Marques Mendes, este é um passo que vai “ajudar a baixar um pouco a crispação em torno do tema da imigração” e que será “muito bom do ponto de vista económico”, porque responde às necessidades das empresas numa “fase de grandes investimentos”.

“E é muito importante também o que é menos sublinhado do ponto de vista social porque a vinda de imigrantes devidamente integrados resolve um problema social, que é tratar dos imigrantes, como devem ser, com toda a dignidade”, acrescentou.

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