Rangel defende gasto de 2% do PIB em defesa mais cedo que 2029

  • Lusa
  • 3 Abril 2025

O ministro dos Negócios Estrangeiros português indica que a meta de 2% do PIB em defesa de 2% do PIB "terá de ser antecipada".

O ministro dos Negócios Estrangeiros português admitiu esta quinta-feira a possibilidade de antecipar o investimento de 2% do Produto Interno Bruto (PIB) em Defesa, meta atualmente prevista para 2029, mas reconheceu que só será possível com um acordo de regime.

“Temos aqui dois patamares: um, que, claramente, caberá ao próximo Governo, que é o que esteja acima dos 2%; outro que tem de ser preparado por este [Governo] e que tem de ser assumido, desde logo na cimeira [da NATO em junho em Haia] e em reuniões preparatórias, e que deve ser preparado num espírito de diálogo com os partidos da oposição, porque é uma causa nacional”, disse Paulo Rangel.

Em declarações aos jornalistas no quartel-general da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), em Bruxelas, o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros admitiu que o compromisso que Portugal fará “implicará a antecipação relativamente ao prazo de 2029”.

O prazo de 2029 que o Governo estabeleceu para atingir os 2% de investimento do PIB em Defesa já era uma antecipação do objetivo traçado pelo anterior executivo liderado pelo socialista António Costa.

“Antes das eleições, o Governo pode preparar decisões sobre essa matéria, mas não pode tomá-las”, completou Paulo Rangel, admitindo que 2029 é uma “meta que terá de ser antecipada”.

O ministro dos Negócios Estrangeiros considerou ainda que há uma “comunhão de pontos de vista” entre todos os países da NATO e os Estados Unidos e “uma aposta” de Washington na organização político-militar.

“Das várias sessões que já tivemos hoje, vejo uma comunhão de pontos de vista que é extremamente estimulante para a NATO e vejo uma aposta na NATO”, disse Paulo Rangel, em declarações aos jornalistas, em Bruxelas, onde decorre a reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros dos países-membros da Aliança Atlântica.

Paulo Rangel insistiu que “até agora o que vê é uma grande partilha de pontos de vista” e que foi feita uma avaliação “muito positiva” por parte dos outros 31 países que pertencem à Aliança Atlântica.

No entanto, à entrada para a reunião ministerial, o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, não fez qualquer referência à Ucrânia ou à Rússia, numa altura em que o Presidente norte-americano, Donald Trump, tem criticado a NATO e a Casa Branca parece estar mais próxima do Kremlin.

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