Nuno Fernandes Thomaz: “Portugal precisa de uma sociedade que não tenha ódio aos ricos”

  • ECO
  • 7 Abril 2025

Nuno Fernandes Thomaz, senior partner da Core Capital, partilha no podcast E Se Corre Bem? a sua visão sobre liderança, empreendedorismo e a urgência de uma mudança cultural em Portugal.

No 24.º episódio do podcast E Se Corre Bem?, Nuno Fernandes Thomaz, atual senior partner da Core Capital, revisita um percurso de vida marcado pela ousadia, pelas mudanças e por uma crença inabalável no potencial de Portugal. Começou como corretor, ainda jovem, na Pedro Caldeira Corretora – “uma grande escola” onde viveu “o primeiro embate com a vida profissional” e onde alimentou a adrenalina e o sonho dos mercados financeiros. “Diverti-me muito. Nunca mais parei de trabalhar”, relembra.

Ex-secretário de Estado dos Assuntos do Mar, assume que o “bichinho da política” ainda está presente, mas recusa a ideia de uma carreira nesse meio. “Gosto demasiado de empresas… da minha liberdade”, afirma. E mesmo que a passagem pelo governo tenha sido breve, foi suficientemente marcante para o levar a uma reflexão profunda e ao primeiro passo como empreendedor. Do zero, montou uma das primeiras boutiques financeiras em Portugal, um projeto que considera “extraordinário”.

"Portugal é um país extraordinário, isto não é um cliché. Tem pessoas fantásticas. Mas precisa de uma sociedade que não tenha ódio aos ricos e às pessoas que têm sucesso”

Nuno Fernandes Thomaz, senior partner da Core Capital

Ao longo da conversa, defende a necessidade de uma mudança de mentalidade no país. “Portugal é um país extraordinário, isto não é um cliché. Tem pessoas fantásticas. Mas precisa de uma sociedade que não tenha ódio aos ricos e às pessoas que têm sucesso.” Aponta o dedo à burocracia e à cultura do “vai correr mal” e acredita que existe uma nova geração que está a tentar mudar esse pensamento. “Acho que o país necessita de um choque cultural. Precisamos de mudar, de sermos mais ousados, de criar ruturas e de avançar”, diz.

Fala com orgulho da sua experiência diversificada – banca, política, empreendedorismo – e vê nela uma riqueza imensa: “Não me arrependo de ter mudado muitas vezes, de ter conhecido muitas realidades diferentes… isso deu-me uma bagagem muito grande.” E é com a mesma energia que olha para o futuro: “Não me vejo reformado. Vejo-me a continuar a fazer muitas coisas diferentes. A continuar a errar, mas continuar a gostar de fazer coisas.”

Este podcast está disponível no Spotify e na Apple Podcasts. Uma iniciativa do ECO, que Diogo Agostinho, COO do ECO, procura trazer histórias que inspirem pessoas a arriscar, a terem a coragem de tomar decisões e acreditarem nas suas capacidades. Com o apoio do Doutor Finanças e da Nissan.

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