UpHill lidera consórcio europeu de oito milhões para ligar dados de saúde de três milhões de pessoas
O projeto prevê a participação de, pelo menos, 1.200 profissionais de saúde, impactando mais de três milhões de pessoas. Em Portugal, o piloto realiza-se em Coimbra e na Madeira.

A portuguesa UpHill lidera um consórcio europeu que quer ligar os dados de saúde de três milhões de cidadãos no continente, um dos passos para a concretização do Espaço Europeu de Dados em Saúde. O i2X representa um investimento de oito milhões de euros e junta 38 parceiros de 12 Estados-membros da União Europeia. Em Portugal, o piloto decorre em Coimbra e na Madeira.
“O i2X compromete-se a melhorar a experiência dos profissionais de saúde e dos pacientes neste processo, através da otimização dos fluxos de trabalho e da integração de novas tecnologias. O extenso ecossistema i2X apoiará a continuidade de cuidados em toda a UE, permitindo a criação de centros de referência especializados, otimizando os tempos de espera e minimizando a duplicação de serviços”, diz Eduardo Freire Rodrigues, cofundador e CEO da UpHill, citado em comunicado.
O projeto “irá utilizar a inteligência artificial e outras tecnologias avançadas para implementar a interoperabilidade nos cuidados de saúde na Europa, sem comprometer nunca o tempo dos profissionais de saúde e garantindo valor para os pacientes”, explica Henrique Martins, coordenador do i2X, citado em comunicado.
O i2X tem como objetivo projeto implementar um formato Comum de Registo Eletrónico de Saúde na UE, conhecido como X-Format, garantindo que os “diferentes sistemas de informação utilizados nas instituições de saúde europeias são capazes de comunicar, isto é: armazenar, trocar e interpretar os dados de saúde, utilizando uma linguagem comum”, pode ler-se em comunicado.
O projeto visa ainda “melhorar as redes de continuidade de cuidados na UE”, bem como “diminuir os custos e ineficiência associados à duplicação de atos médicos ou exames e reduzir os riscos decorrentes da falta de informação clínica”.
Com um investimento de oito milhões da Comissão Europeia, o projeto envolve 38 parceiros, entre os quais a Dedalus, o Hospital Charité de Berlim e o Centro Hospitalar Universitário de Bordéus, de 12 Estados-membros: Países Baixos, Bélgica, Chipre, Chéquia, Finlândia, França, Alemanha, Grécia, Irlanda, Itália, Portugal e Espanha.
Durante os próximos quatro anos vão ser desenvolvidos 35 projetos-piloto em várias áreas prioritárias, como prescrição eletrónica, dados de análises e exames, sumários do doente, imagens médicas e relatórios de alta.
Em Portugal, o projeto será implementado na Unidade Local de Saúde de Coimbra e no Serviço de Saúde da Região Autónoma da Madeira (SESARAM).
O projeto prevê a participação de, pelo menos, 1.200 profissionais de saúde, impactando mais de três milhões de pessoas.
“No final espera-se aumentar, em 75%, o acesso dos pacientes aos seus dados de saúde e melhorar, em até 80%, a disponibilidade de dados de saúde estruturados e de alta qualidade em registos eletrónicos de saúde, tanto a nível nacional como transfronteiriço”.
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