UpHill procura hospitais públicos para desenvolver projeto-piloto
A startup portuguesa propõe-se a definir e implementar jornadas de cuidados eficientes, capazes de garantir melhores resultados, combater os longos tempos de espera e reduzir a carga burocrática.
Depois de levantar uma ronda de investimento no valor de 3,5 milhões de euros, a UpHill está à procura de três hospitais públicos portugueses para desenvolver um projeto-piloto. A startup portuguesa propõe-se a definir e implementar jornadas de cuidados eficientes, capazes de garantir melhores resultados, combater os longos tempos de espera que afetam os doentes e reduzir a carga burocrática a que as equipas de saúde estão sujeitas, bem como o desperdício de recursos.
“No início de 2020, lançámos uma ferramenta de suporte à decisão clínica, ou seja, um software capaz de guiar as ações dos profissionais de saúde e reduzir a incerteza nos momentos de decidir. Temos perto de 100 algoritmos publicados, tanto para doenças crónicas como para situações de urgência, que são utilizados por milhares de profissionais todas as semanas”, começa por dizer Eduardo Freire Rodrigues, cofundador e CEO da UpHill, em comunicado.
“No entanto, do ponto de vista organizacional, as vantagens decorrentes dos algoritmos são tanto maiores quanto mais abrangente for a sua utilização, por equipas multidisciplinares. É esse o objetivo deste piloto: permitir que além do suporte à decisão clínica individual, sejam um guia comum para todos os profissionais que assistem o doente ao longo do seu percurso dentro do hospital“, continua.
A solução desenvolvida pela empresa tecnológica — cuja missão é melhorar a qualidade da saúde através da capacitação dos profissionais nos momentos de decisão — é como um GPS para as equipas de saúde, fornecendo, em tempo real, orientações detalhadas sobre a melhor forma de tratarem cada doente. E, além de acompanhar os profissionais passo a passo, o software é integrado nos sistemas hospitalares e permite que o percurso do doente no hospital seja visível para todos.
“Quando vários médicos e outros profissionais de saúde, em diferentes serviços e momentos, assistem o mesmo doente, sem que exista uma visão partilhada sobre o seu estado cínico, o risco de descontinuidade é muito elevado”, explica a UpHill. Nos hospitais, esta fragmentação reflete-se em informações incompletas sobre o doente, realização de exames repetidos e mais tempo entre o diagnóstico e o tratamento, por exemplo.
“Com esta implementação esperamos ter um papel ativo na resolução de um problema que é particularmente crítico no contexto atual, agravado pelos efeitos da pandemia no funcionamento dos serviços hospitalares, porque acreditamos que só assim é possível centrar os cuidados no doente”, afirma o cofundador e CEO da UpHill.
Com duração de seis meses, o projeto conta também com a participação de outras entidades do setor previamente identificadas pela UpHill. A tecnológica procura agora hospitais públicos para desenvolver o piloto, aplicando-o a áreas terapêuticas específicas. Os hospitais interessados em participar podem submeter a sua candidatura, através do formulário disponível para o efeito no site da empresa.
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