UpHill fecha ronda de 3,5 milhões. Quer acelerar internacionalização

Com este reforço de capital pretende "acelerar o processo de internacionalização, apostar no crescimento das equipas de desenvolvimento de produto e negócio e no lançamento de novas funcionalidades". 

A UpHill fechou uma ronda de investimento de 3,5 milhões de euros, uma operação liderada pelos fundos Brighteye Ventures e MSM, e na qual participaram a Bynd Venture Capital, a Caixa Capital e o Grupo Luz Saúde, que reforçaram o seu investimento. Com esta ronda a tecnológica nacional, que desenvolve software para apoiar as decisões clínicas dos profissionais de saúde, eleva para 4,5 milhões o capital angariado, um mês depois de ter visto aprovado um incentivo de um milhão de euros de fundos europeus. A startup quer acelerar processo de internacionalização.

“Até agora o nosso âmbito de trabalho centrou-se, essencialmente, em simplificar o acesso dos profissionais de saúde a informações precisas e acionáveis que lhes permitissem tomar melhores decisões. Os próximos tempos serão marcados por avanços significativos e transformadores no produto, que o tornarão mais automatizado, integrado nos sistemas hospitalares e útil também para os doentes”, diz Eduardo Freire Rodrigues, CEO e cofundador da startup, citado em comunicado.

Fundada em 2015 por três médicos, a UpHill, que este ano “quadruplicou o número de utilizadores ativos e mais que duplicou as receitas mensais recorrentes“, pretende com este reforço de capital “acelerar o processo de internacionalização, apostar no crescimento das equipas de desenvolvimento de produto e negócio e no lançamento de novas funcionalidades”.

Nesta ronda, a empresa atraiu, pela primeira vez, capital estrangeiro. “A Uphill criou uma solução inovadora para medir e ultrapassar falhas recorrentes na adesão às melhores práticas em saúde, por meio de uma ferramenta intuitiva, que permite aos profissionais de saúde atualizarem-se enquanto prestam serviços essenciais às suas comunidades. A equipa capitaliza o profundo conhecimento em saúde, para resolver desafios reais, de um setor em rápida e constante evolução e que enfrenta novas exigências todos os dias”, diz Alex Spiro Latsis, partner da Brighteye Ventures, citado em comunicado.

“Estamos muito satisfeitos por apoiar a UpHill nesta fase em que se está a expandir para novos mercados e continua a desenvolver sua ferramenta e a equipa, para ajudar os profissionais de saúde a ultrapassar desafios complexos com confiança, todos os dias, em qualquer lugar”, justifica o responsável do fundo europeu ligado ao financiamento de startups baseadas no conhecimento.

“A pandemia expôs, no domínio público, a situação crítica em que se encontram os sistemas de saúde do mundo desenvolvido. Crítica em termos de recursos, crítica em termos de práticas de gestão e, consequentemente, crítica ao nível de serviço prestado. Na MSM, fomos atraídos pela visão que garante melhores resultados para os doentes, impulsionados por sistemas de saúde onde a tecnologia permite que os profissionais de saúde acedam, em tempo real, à evidência mais recente para tratar cada paciente. Neste sentido, vimos na UpHill, e na equipa médica com que trabalha, a solução confiável de que os sistemas de saúde precisam, baseada em evidência científica e habilitada por tecnologia”, diz por seu turno, Manuel Antunes, investidor da MSM, outro dos investidores.

No início de 2019 a UpHill fechou uma ronda de 600 mil euros e há pouco mais de um mês recebeu um incentivo de um milhão de euros para um projeto de inteligência artificial para a otimização de algoritmos de suporte à decisão clínica, cofinanciado no âmbito dos incentivos à Investigação e Desenvolvimento Tecnológico+CO3SO, Portugal 2020.

A UpHill tem “presença consolidada no setor hospitalar em Portugal”, ao qual se juntam multinacionais farmacêuticas como a Novartis ou a Pfizer, com projetos a decorrer em vários países europeus. No último ano, foi distinguida pela Agência Nacional de Inovação com o Prémio Born From Knowledge.

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