Bolsa de Lisboa tomba 2,85% para mínimos de um ano pressionada pela Galp
O índice da Euronext Lisboa anulou os ganhos históricos da sessão de terça-feira e acumula já uma desvalorização de 1,93% este ano. A Galp foi a lanterna vermelha da sessão com uma queda de 5,98%.
O dia voltou a ser marcado por mais um vendaval nas bolsas europeias, com os principais índices acionistas a acumularem perdas entre 2,01% (Madrid) e 4,69% (Bruxelas). Essa dinâmica ficou bem espelhada na queda de 3,51% do pan-europeu Stoxx Europe 600, com todos os setores a terminarem o dia no vermelho, e após ter chegado a cair 4,6%.
O português PSI, que tem apresentado correções mais conservadoras face aos seus pares europeus, não foi exceção nesta onda vermelha, encerrando o dia a cair 2,85% para os 6.253,96 pontos, e com praticamente todas as cotadas abaixo da linha de água.
O comportamento do PSI desta quarta-feira coloca o principal índice da Euronext Lisboa em mínimos de um ano (17 de abril de 2024) e eliminando a totalidade dos ganhos de 2,8% alcançados na sessão de terça-feira – a maior subida desde 22 de abril de 2024. Atualmente, o PSI regista perdas de 1,93% desde o início do ano.
A pressionar o desempenho do PSI estiveram particularmente as ações das empresas da energia, com destaque para a Galp Energia, que voltou a afundar 5,98% até aos 12,415 euros, após ter estado a negociar com uma queda de 7,31%. Atualmente, a petrolífera nacional, que voltou a ser a lanterna vermelha da sessão, encontra-se a negociar em mínimos de agosto de 2023.
Desde o anúncio das tarifas recíprocas de Trump a 2 de abril que as ações da Galp acumulam perdas de 22,7%, sendo a empresa do PSI que mais caiu desde então na Euronext Lisboa. No mesmo período, o barril de Brent afundou 16,2%.
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Igualmente pressionados pelos investidores estiveram as ações do binómio EDP, com os títulos da EDP Renováveis a contabilizarem uma queda de 3,81%, que atirou as ações para os 6,94 euros (mínimos de janeiro de 2018), e as ações da EDP resvalaram 3,67% até aos 2,884 euros (mínimos de dezembro de 2018). No entanto, com quedas maiores que as ações das empresas do grupo EDP estiveram os títulos dos CTT e Mota-Engil, que registaram quedas de 5,1% e 4,51%, respetivamente.
No sentido oposto estiveram as ações da Ibersol, que encerraram sem qualquer oscilação face ao preço de abertura. Destaque ainda para as quedas de 0,93% e 0,95% da REN e Jerónimo Martins, respetivamente, que foram as únicas empresas a fecharem a cair menos de 1%.
No mercado de dívida, o dia ficou marcado pela realização de um leilão de dívida do IGCP a 5 e 12 anos, que permitiu ao Tesouro financiar-se em 1.047 milhões de euros, e com a curva de rendimentos de Portugal a mostrar uma subida generalizada da yield das obrigações do Tesouro, particularmente nos títulos com maturidades mais longas.
As obrigações a 15 e 20 anos, por exemplo, registam uma subida de 2 e 2,7 pontos base da yield, respetivamente, com os títulos a 15 anos a negociarem com uma taxa média ponderada de 3,555% e os títulos a 20 anos com uma yield de 3,848%.
As obrigações do Tesouro a 10 anos negoceiam com uma yield de 3,234% e as obrigações a 2 anos com uma taxa de 1,899%.
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