Ressaca atinge Wall Street depois da euforia. Nasdaq perde mais de 4%
Investidores voltam a ser atirados ao tapete quando, após o entusiasmo pela pausa nas tarifas recíprocas, assistiram ao agravar da guerra comercial sino-americana. S&P 500 perde mais de 3%.
A semana tem sido imprópria para cardíacos entre os investidores de Wall Street (e de outras praças do mundo). Um dia depois das principais bolsas nova-iorquinas terem disparado, em resposta à pausa de 90 dias nas tarifas recíprocas dos EUA, esta quinta-feira voltou o desânimo e o vermelho tingiu os quadros das ações. A euforia durou pouco.
O índice de referência S&P 500 caiu 3,46%, para os 5.268,05 pontos, e o industrial Dow Jones cedeu 2,5%, para os 39.593,66 pontos. Já o Nasdaq, que na sessão anterior teve a melhor sessão desde 2001, perdeu 4,31%, para os 16.397,31 pontos.
Os investidores, depois do fumo dos foguetes, perceberam que a guerra comercial entre os EUA e a China – as duas maiores economia do mundo – segue em crescendo, com a Casa Branca a explicar que as taxas sobre as importações de bens chineses estão agora em 145%, mais 20 pontos que no dia anterior, devido à falta de progresso no combate ao fentanil.
E as outras guerras de tarifas também continuam em vigor, como a taxa de 10% para maioria dos países enquanto vigorar a trégua de três meses, ou os direitos aduaneiros de 25% sobre as importações de alumínio e aço, que afeta os europeus, ou os 25% sobre as importações automóveis.
A guerra comercial tem potencial para aumentar os preços ou travar a fundo o crescimento na maior economia dos EUA. Por agora, na frente inflacionista, os sinais são positivos. Em março, segundo dados divulgados esta quinta-feira pelo Bureau of Labor Statistics, o Índice de Preços ao Consumidor (CPI) registou uma taxa homóloga de 2,4%, abaixo da previsão de 2,5% dos analistas e significativamente inferior ao valor anterior de 2,8%.
Já o CPI mensal teve uma variação negativa de 0,1%, contrariando a estimativa de aumento de 0,1%, e a subida de duas décimas registada no mês anterior.
As grandes tecnológicas voltaram às quedas significativas, a contrastar com as valorizações na ordem dos dois dígitos na sessão anterior. As ações da Tesla, por exemplo, caíram 7,27%, as da dona do facebook (Meta), mais 6,74%, e a Apple, com forte produção na China, mais 4,24%. Nvidia, Microsoft e Amazon perderam 5,91%, 2,34% e 5,17%, respetivamente. Também a Alphabet (dona do Google) cedeu 3,53%.
E a empresa do presidente dos EUA, DJT, também quebrou 7,3%.
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