Petrolífera britânica Shell avalia aquisição da BP
A petrolífera Shell está a avaliar uma potencial aquisição da BP, embora esteja a aguardar novas quedas nas ações e no preço do petróleo antes de decidir se fará uma oferta.
A petrolífera Shell está a trabalhar com consultores para avaliar uma potencial aquisição da BP, embora esteja a aguardar novas quedas nas ações e no preço do petróleo antes de decidir se fará uma oferta. A informação foi avançada pela Bloomberg, que cita pessoas familiarizadas com o assunto.
A gigante do petróleo tem discutido mais seriamente a viabilidade e os méritos de uma aquisição da BP com os consultores nas últimas semanas, disseram as fontes ligadas ao processo, que pediram para não serem identificadas por se tratar de informação confidencial. Qualquer decisão final provavelmente dependerá da continuação da queda das ações da BP, segundo foi sinalizado.
As ações da BP já perderam quase um terço do seu valor nos últimos 12 meses, com o fracasso de um plano de recuperação com os investidores e a queda dos preços do petróleo.
A Shell também pode esperar que a BP entre em contacto ou que outro pretendente dê o primeiro passo, e este trabalho que está a desenvolver pode ajudar a preparar-se para este cenário.
As deliberações estão numa fase inicial e a Shell pode optar por se concentrar em recompra de ações e aquisições complementares em vez de uma megafusão, disseram as fontes.
Outras grandes empresas de energia também estão a analisar uma eventual oferta sobre a BP, segundo as pessoas próximas do assunto. “Como já dissemos diversas vezes, estamos fortemente focados em trazer valor para a Shell, continuando a focar em desempenho, disciplina e simplificação“, afirmou um porta-voz da petrolífera em comunicado enviado por e-mail à Bloomberg, enquanto a BP não quis comentar.
Uma combinação bem-sucedida entre a Shell e a BP seria uma das maiores aquisições da história da indústria petrolífera, unindo as grandes empresas britânicas num acordo que tem sido discutido há décadas.
A BP tem lutado com um desempenho inferior e registou, no primeiro trimestre deste ano, um lucro atribuível de 604 milhões de euros (687 milhões de dólares) uma descida de 69% em relação ao mesmo período do ano passado, devido à queda dos preços do petróleo.
Desde que o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou novas tarifas globais, o preço do petróleo caiu acentuadamente no início do mês e está atualmente a ser negociado a cerca de 65 dólares por barril.
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