Merz eleito chanceler alemão depois de ter falhado primeira votação

O bloco conservador CDU-CSU, em coligação com o SPD, elegeu Friedrich Merz chanceler alemão depois de ter falhado a primeira votação. Merz teve 325 votos, mais 15 que na primeira votação.

O líder conservador, Friedrich Merz, foi eleito chanceler, depois de ter falhado a primeira votação no parlamento. Merz, 69 anos, que sucede a Olaf Scholz, prometeu dar prioridade à unidade e à segurança europeia face às ameaças da nova administração norte-americana de Donald Trump e à guerra em curso na Ucrânia, após a invasão russa iniciada em fevereiro de 2022.

Na votação secreta no Bundestag, a câmara baixa do Parlamento alemão, o líder da coligação entre a CDU/CSU e o SPD obteve 325 votos a favor, mais 15 que na primeira votação realizada esta terça-feira de manhã.

Na primeira votação, o líder da União Democrata Cristã (CDU, na sigla em alemão) obteve 310 votos a favor, quando eram precisos pelo menos 316 votos.

A União Democrata-Cristã e a União Social-Cristã (CDU/CSU, centro-direita) venceram as eleições federais de fevereiro com 28,5% dos votos. Apesar da vitória, o resultado deixou o bloco conservador liderado por Merz longe da maioria necessária para formar Governo sozinho, o que o levou a assinar um acordo de grande coligação com os social-democratas (que nas eleições tiveram 16,4% dos votos).

Em 2024, a economia alemã registou uma contração pelo segundo ano consecutivo, de 0,2%, segundo o Gabinete Federal de Estatísticas. A fraca procura global e a concorrência dos produtos chineses comprometeram o desempenho das exportações da maior economia da Zona Euro, que registaram uma queda de 0,8%.

Para este ano, o Governo alemão reduziu em três décimas de ponto percentual as suas previsões de crescimento e prevê agora uma estagnação económica. “Tivemos de rever em baixa as nossas previsões para este ano em 0,3 pontos percentuais e esperamos agora um crescimento zero. A principal razão é a política tarifária da Administração de Donald Trump nos EUA”, afirmou o ministro interino das Finanças, Robert Habeck, em meados de abril.

(Notícia atualizada às 15h33)

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