BRANDS' ECO A importância de debater o futuro dos territórios
Ricardo Cardoso, Organizador do Congresso da Segurança e Integridade Digital, destaca a relevância de iniciativas para discutir cibersegurança num momento em que o mundo está cada vez mais digital.
Num mundo cada vez mais interligado e tecnologicamente dependente, a realização do Congresso da Segurança e Integridade Digital no Algarve, mais concretamente em Vilamoura, Município de Loulé, no próximo dia 12 de Maio de 2025, é não apenas oportuna, mas absolutamente necessária. Este evento representa uma oportunidade estratégica para a região posicionar-se na vanguarda da transição digital, um processo inevitável e urgente que toca todas as áreas da nossa sociedade, desde o tecido empresarial às instituições públicas, passando pelo quotidiano dos cidadãos.

A digitalização da economia e da vida social traz consigo inúmeras vantagens — desde o aumento da eficiência até à criação de novas oportunidades de negócio — mas também impõe desafios sérios, nomeadamente no que toca à segurança dos dados, à privacidade dos utilizadores e à resiliência dos sistemas informáticos. O Congresso propõe-se a debater precisamente estas questões, através de um programa abrangente que inclui temas como o ciberespaço, a segurança digital, o RGPD (Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados), o RGPC (Regime Geral de Prevenção da Corrupção), a Inteligência Artificial e os Bairros Comerciais Digitais.
O Algarve, tradicionalmente associado ao turismo e à sazonalidade, enfrenta o desafio de diversificar a sua base económica e de criar estruturas sustentáveis que permitam atrair e fixar talento, inovação e investimento. A aposta na transição digital e na segurança cibernética é uma peça-chave dessa transformação. Temos de garantir que os nossos empresários, desde os pequenos negócios locais até às startups tecnológicas, estão preparados para operar num ambiente digital seguro, ético e competitivo. Este Congresso é, nesse sentido, um momento formativo e inspirador, capaz de capacitar os agentes económicos da região para as exigências do futuro.
"A IA já não é um conceito do futuro, está entre nós, moldando o modo como vivemos, trabalhamos e interagimos. (…) Temos de assegurar que esta tecnologia é usada para criar valor acrescentado, respeitando sempre os direitos fundamentais dos cidadãos e promovendo a coesão territorial.”
Os Bairros Comerciais Digitais, por exemplo, representam uma excelente oportunidade de revitalização do comércio local, promovendo a sua integração no ecossistema digital sem perder a identidade de proximidade que os caracteriza. Esta é uma forma concreta de levar a inovação até às pequenas empresas, muitas vezes afastadas dos grandes centros de decisão e desenvolvimento tecnológico. Ao mesmo tempo, a criação de aceleradoras digitais permite que novas ideias floresçam no Algarve, reforçando o tecido empresarial com projetos inovadores, alinhados com as necessidades do presente e as exigências do amanhã.
A discussão sobre a aplicação da Inteligência Artificial e a sua regulação ética é outro ponto fundamental. A IA já não é um conceito do futuro, está entre nós, moldando o modo como vivemos, trabalhamos e interagimos. O Algarve não pode ficar à margem deste debate. Temos de assegurar que esta tecnologia é usada para criar valor acrescentado, respeitando sempre os direitos fundamentais dos cidadãos e promovendo a coesão territorial. Também aqui, o Algarve vai estar na linha da frente.
Ricardo Cardoso, Organizador do Congresso da Segurança e Integridade Digital
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