Mesmo com AD em queda, PS arrisca pior resultado desde 1987. Chega volta aos 18%

  • Joana Abrantes Gomes
  • 9:40

Apesar de recuar para os 32% nas intenções de voto, a coligação liderada por Luís Montenegro mantém uma vantagem de quase sete pontos percentuais face aos socialistas.

Mesmo com a Aliança Democrática (AD) em queda há vários dias, atingindo agora os 32%, o PS não consegue aproveitar para subir as intenções de voto e caiu para os 25,1%, arriscando ter o seu pior resultado em legislativas dos últimos 38 anos, segundo a sondagem diária da Pitagórica para o Jornal de Notícias, a TSF, a TVI e a CNN Portugal. É preciso recuar a 1987, ano da primeira maioria absoluta de Cavaco Silva, para encontrar um resultado inferior (22,2%); e ainda antes, em 1985, os socialistas ficaram-se pelos 20,8%.

O Chega, por sua vez, está novamente no patamar do resultado alcançado nas últimas eleições, de 18%, uma subida de quase três pontos percentuais em dois dias e que, a confirmar-se, o deixa mais perto de manter os 50 deputados no Parlamento. Segue-se, com 6,9%, a Iniciativa Liberal (IL), um resultado que reforçaria a posição do partido liderado por Rui Rocha face às legislativas de 2024, mas que ainda fica longe de permitir à coligação formada pelo PSD e o CDS alcançar uma maioria com o apoio dos liberais.

À esquerda, o Livre (4,5%) surge no quinto lugar das intenções de voto, seguido pela CDU (3,3%), o Bloco de Esquerda (2,4%) e o PAN (1,8%). Porém, é preciso ter em atenção o número de indecisos, que volta a crescer, para 17,5%, o mesmo nível do arranque da sondagem diária. As mulheres continuam a mostrar-se mais hesitantes do que os homens, mas, no que diz respeito à faixa etária, são agora os mais velhos (55 ou mais anos) os mais indecisos (19%). A nível regional, Lisboa está em destaque, com quase um em cada quatro eleitores sem saber em quem vai votar (23%).

Noutra sondagem, da Intercampus para o Correio da Manhã, a CMTV e o Jornal de Negócios, mas que avalia as preferências quanto aos cenários de governabilidade, perante o cenário de nem o PS nem a AD obterem mais do que 115 dos 230 deputados, mais de 60% dos inquiridos defende que o partido ou coligação que perder as eleições deve deixar o outro governar, mesmo que sem maioria absoluta. Ou seja, os portugueses entendem que o Executivo deve ser liderado por quem conquistar o maior número de votos.

Por outro lado, a possibilidade de um bloco central (AD e PS) é rejeitado por mais de 57,5% dos inquiridos, enquanto perto de 70% rejeitam uma eventual união entre a coligação formada pelo PSD e o CDS e o Chega, que permitisse a criação de uma maioria absoluta. O trabalho de recolha de dados decorreu entre os dias 24 de abril e 5 de maio, quando já os debates televisivos entre todos os partidos com assento parlamentar tinham sido realizados.

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