Governo diz estar preocupado com movimentos extremistas
O gabinete do primeiro-ministro, Luís Montenegro, "mostra preocupação e tem estado atento" aos movimentos extremistas.
O Governo admitiu esta quarta-feira estar preocupado com os movimentos extremistas e adiantou, em resposta ao Bloco de Esquerda sobre o Relatório Anual de Segurança Interna (RASI), que as polícias estão a usar inteligência artificial para analisar dados.
O Bloco de Esquerda fez 12 perguntas ao Governo sobre a eliminação de um capítulo dedicado a organizações extremistas na versão final do RASI e, numa das respostas dadas, o gabinete do primeiro-ministro, Luís Montenegro, “mostra preocupação e tem estado atento” aos movimentos extremistas.
“Estão a ser implementadas, por parte das polícias, técnicas avançadas, como o uso de inteligência artificial e a análise de dados em larga escala, que facilitará a identificação de padrões e a interligação de operações criminosas que se desenvolvem em múltiplos territórios”, lê-se no documento publicado no site do Parlamento.
As questões do Bloco de Esquerda centraram-se no capítulo do RASI retirado da versão final, sobre “extremismos e ameaças híbridas”, e que alertavam para a existência de uma representação de uma organização extremista internacional em Portugal, classificada em vários países como organização terrorista.
Esta organização, acrescentava o relatório preliminar, promove encontros através de eventos musicais, incluindo em território nacional, e que funcionam como método de recrutamento de militantes e como forma de financiamento para produção de material de propaganda, por exemplo.
Sobre este assunto, o gabinete de Luís Montenegro voltou a dizer o que já tinha sido explicado pelo Sistema de Segurança Interna (SSI) e pelo diretor nacional da Polícia Judiciária (PJ), Luís Neves, voltando a sublinhar que “só existe uma versão do RASI, a final, que resulta do Conselho Superior de Segurança Interna” e que a informação divulgada antes da versão oficial fazia parte de versões de trabalho.
Luís Montenegro referiu ainda que “o documento a que os senhores jornalistas tiveram acesso não foi, nem nunca poderia ter sido, oficialmente divulgado à comunicação social, uma vez que se tratava de um documento de trabalho classificado, de caráter ‘reservado'”.
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