Portugal paga menos para emitir 1.500 milhões em Bilhetes do Tesouro

No leilão de dívida de Bilhetes do Tesouro realizado esta quarta-feira, Portugal pagou 1,947% para emitir 600 milhões de euros a seis meses e 1,949% para emitir 900 milhões a um ano.

A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) voltou esta quarta-feira ao mercado para se financiar num total de 1.500 milhões de euros a seis e 12 meses através da emissão de Bilhetes do Tesouro, tendo pago taxas inferiores a 2% nas duas maturidades. O montante global indicativo era de entre 1.250 milhões de euros e 1.500 milhões.

Na maturidade mais longa, a um ano, o IGCP emitiu 600 milhões de euros, tendo pago uma taxa média ponderada de 1,949%, face aos 2,227% pagos num leilão a 19 de março. A procura superou a oferta em 2,74 vezes.

No leilão a seis meses, que contou com uma procura 3,42 vezes acima da oferta, Portugal conseguiu financiar-se em 600 milhões de euros pelo qual pagou uma taxa média ponderada de 1,947%, o que compara com 2,646% num leilão realizado a 4 de dezembro de 2024.

“Ambos os leilões registaram uma ligeira descida nas taxas de juro”, disse Filipe Silva, diretor de investimentos do Banco Carregosa. “Este ano, temos assistido a uma tendência de descida das taxas de juro de curto prazo, reflexo da atuação do Banco Central Europeu, que já reduziu a sua taxa diretora três vezes desde o início do ano.

“Atualmente, o mercado antecipa mais dois cortes até ao final do ano, o que poderá colocar a taxa ligeiramente abaixo dos 2%“, sublinhou. “No entanto, será necessário aguardar pelos próximos dados económicos e respetivas projeções, uma vez que as tarifas comerciais podem provocar um duplo impacto: por um lado, o enfraquecimento da procura e por outro, uma eventual subida da inflação”.

Bloomberg atrasou leilão

O leilão, que estava agendado para as 10h30, acabou por ser inicialmente adiado para as 11h30 devido a problemas técnicos nos terminais da Bloomberg, que afetaram de forma generalizada os participantes de mercados, informou o IGCP, em comunicado, tendo depois atualizado o horário previsto para as 14h30.

A 31 de março, no plano de financiamento do Estado para o segundo trimestre, o IGCP informou que o financiamento líquido através de BT em 2025 tinha diminuído ligeiramente face ao plano inicial, dos anteriores 4,6 mil milhões de euros para 4,4 mil milhões de euros. Entre abril e junho, a agência pretende emitir entre 3.000 milhões de euros e 3.750 através desse instrumento de dívida de curto prazo.

(Notícia atualizada às 15h25)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Comentários ({{ total }})

Portugal paga menos para emitir 1.500 milhões em Bilhetes do Tesouro

Respostas a {{ screenParentAuthor }} ({{ totalReplies }})

{{ noCommentsLabel }}

Ainda ninguém comentou este artigo.

Promova a discussão dando a sua opinião