“O Partido Socialista tudo fará para contribuir para a estabilidade política do país”, garante José Luís Carneiro

"Compreendemos bem a mensagem que nos foi endereçada", garante o candidato a secretário-geral à saída da comissão política.

“Nós compreendemos bem a mensagem que nos foi endereçada e o Partido Socialista, naquilo que de si depender, tudo fará para contribuir para a estabilidade política do país”. A garantia é deixada por José Luís Carneiro, ao que tudo indica o próximo secretário-geral do PS.

À saída da comissão política do PS, que decorreu este sábado em Lisboa, o socialista quis deixar três mensagens e remeteu as questões dos jornalistas para uma futura ocasião. Uma exceção, relacionada com o facto de poder ser candidato único, para responder que até 12 junho, “todas e todos aqueles que se queiram habilitar às funções de direção devem apresentar as suas candidaturas, pois naturalmente esse é, digamos, um espaço democrático”.

Quanto às mensagens, a primeira foi a “vontade e disponibilidade para saber ouvir e dar voz“, não apenas aos seus “camaradas, mas também ao conjunto dos portugueses.

De seguida, José Luís Carneiro afirmou-se disponível para “garantir a construção de uma solução de unidade“. “Na diversidade, naturalmente, há diferentes sensibilidades, formas de pensar diversas sobre o mundo, sobre as opções de política. Aquilo que eu garanti aos meus camaradas foi que só quem não quiser não estará nos órgãos de direção ou nas estruturas de responsabilidade do Partido Socialista”, aponta.

A terceira, dirigida à comissão nacional “mas sobretudo aos portugueses” é então que o partido compreendeu a mensagem que foi endereçada e “naquilo que de si depender, tudo fará para contribuir para a estabilidade política do país”. “Foi isso que os cidadãos nos pediram durante o percurso da campanha eleitoral e é esse o compromisso que procuramos garantir“, resume.

“O PS deve ser aquilo que sempre foi, um fator de estabilidade e de confiança no futuro. Temos de ter a capacidade de, em sede parlamentar, sermos capazes de assentar compromissos, PS e AD. E o PS deve ser claro na garantia de viabilização do Governo, porque é isso que os cidadãos nos pedem”, sublinhava já na segunda-feira o antigo ministro da Administração Interna e membro da comissão política nacional do PS em entrevista à CNN.

José Luís Carneiro explicava ainda que decidiu disponibilizar-se uma segunda vez para a liderança do PS “para servir o país, mantendo o diálogo com os camaradas”.

Tenho um dever constituído quando fui candidato pela primeira vez, há um ano atrás, e hoje essa responsabilidade é acrescida pela crise política que estamos a viver”, sublinhou.

O socialista defendia que a eleição do novo líder socialista deve ocorrer o mais rapidamente possível, porque “o vazio na vida política é algo que prejudica a eficácia da resposta aos cidadãos”. Para além disso, argumentou, “é necessário escolher, nas próximas semanas, a liderança do grupo parlamentar e dar orientações políticas sobre a viabilização do programa do Governo”.

A meio da semana, as federações e concelhias já se uniam em torno de José Luís Carneiro, que conta com o apoio de Augusto Santos Silva, João Soares e Eurico Brilhante Dias. É um repetente. Há um ano perdeu as diretas para Pedro Nuno Santos. Não é visto como carismático, mas alguém que dará “tranquilidade” ao partido depois do massacre eleitoral de domingo, capaz de enfrentar um deserto de eventualmente quatro anos de legislatura, papel que António José Seguro desempenhou durante a governação do social-democrata Pedro Passos Coelho, entre 2011 e 2015.

“O PS deve ser aquilo que sempre foi, um fator de estabilidade e de confiança no futuro. Temos de ter a capacidade de, em sede parlamentar, sermos capazes de assentar compromissos, PS e AD. E o PS deve ser claro na garantia de viabilização do Governo, porque é isso que os cidadãos nos pedem”, defendeu José Luís Carneiro, em entrevista à CNN Portugal. Mas rejeitou por completo uma solução de bloco central, porque “seria prejudicial aos dois partidos subsumirem-se”.

Pode ser que depois surja um novo ‘António Costa’. É a esperança do partido. Mas, agora, a grande preocupação é vencer as autárquicas e é nisso que todo o partido está focado e unido, relegando para segundo plano qualquer disputa interna.

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