Partidos chavistas vencem eleições com 83,42% na Venezuela
Dos 24 estados do país, o chavismo governará em 23, incluindo a região de Essequibo, um território de quase 160 mil quilómetros quadrados disputado com a Guiana.
Os partidos chavistas, que integram a coligação no poder na Venezuela, venceram as eleições regionais e parlamentares realizadas no domingo, com 83,42% do total, anunciou esta terça-feira o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), aliado do regime de Nicolás Maduro.
Segundo este organismo, quando estavam apurados os votos de 99,88% das assembleias de votos, os partidos agrupados no bloco Grande Polo Patriótico tiveram 5.024.475 votos. O CNE indicou que a participação foi de 43,18% dos “eleitores ativos”.
Por outro lado, a Aliança Democrática – composta por partidos intervencionados e minoritários – obteve 361.769 votos, 6,01% do total; o grupo Um Novo Tempo (UNT) – União e Mudança – formada por opositores dissidentes da maior coligação anti-Hugo Chávez, antigo presidente venezuelano, a Plataforma Unitária Democrática (PUD) – obteve 304.425 votos (5,05%); e a Força da Vizinhança obteve 141.588 votos (2,35%).
Outras organizações políticas obtiveram 181.926 votos, 3,02% do total, e foram registados 8.813 votos nulos, ou seja, 0,15%, segundo o vice-presidente do CNE, Carlos Quintero. No que diz respeito à Assembleia Nacional (parlamento), o CNE informou que 253 dos 285 assentos para deputados foram atribuídos ao chavismo.
A Aliança Democrática obteve 13 assentos; o UNT, 1; a Força da Vizinhança, quatro; e a Aliança do Lápis, um. Quintero salientou que estão por atribuir três lugares no parlamento, correspondentes à representação indígena, que serão eleitos no próximo domingo, assim como nove para os conselhos legislativos regionais.
Por outro lado, dos 24 estados do país, o chavismo governará em 23, incluindo a região de Essequibo, um território de quase 160 mil quilómetros quadrados disputado com a Guiana e que Caracas considera o seu 24.º estado. Apenas um estado ficará nas mãos da oposição, o estado ocidental de Cojedes (oeste), cujo governador, Alberto Galíndez, foi reeleito.
Estas eleições foram marcadas por uma forte rejeição da oposição, que afirma que a abstenção foi superior a 85%, e no meio de uma crise política acentuada após a detenção do antigo deputado opositor Juan Pablo Guanipa e de dezenas de outras pessoas, acusadas de um alegado plano de “boicote” a este processo.
Até ao momento, o CNE não publicou os resultados desagregados destas eleições, nem das presidenciais de julho de 2024, nas quais proclamou Nicolás Maduro como vencedor, algo rejeitado pela oposição, que reclama o triunfo do seu candidato, Edmundo González Urrutia, razão pela qual decidiu não participar nesta votação.
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