Famílias deixaram mais 940 milhões parados na conta em abril e puxam depósitos para novo máximo
Aumento dos depósitos foi suportado pelo crescimento do dinheiro à ordem, com as famílias a deixarem mais de 42% das suas poupanças no banco paradas na conta. Apenas em abril foram mais 940 milhões.
Apesar de a remuneração dos depósitos ter caído pelo 15.º mês consecutivo para 1,69%, o montante acumulado em depósitos voltou a bater um novo recorde acima dos 193 mil milhões de euros. Uma subida que é justificada não pela aposta em aplicações a prazo, mas sim pelo dinheiro que ficou parado no banco, que mais do que cobriu as saídas de depósitos a prazo. Mais de 42% dos depósitos são responsabilidades à vista.
“No final de abril de 2025, o stock de depósitos de particulares nos bancos residentes totalizava 193,1 mil milhões de euros, mais 506 milhões de euros do que em março”, revelam os dados do Banco de Portugal divulgados esta sexta-feira.
Segundo o Banco de Portugal, “esta variação resultou do aumento, de 940 milhões de euros, das responsabilidades à vista (constituídas quase na íntegra pelos depósitos à ordem)”, um crescimento “parcialmente compensado pela redução de 434 milhões de euros dos depósitos a prazo (que incluem os depósitos com prazo acordado e os depósitos com pré-aviso)”.
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Embora continuem a atingir níveis inéditos, os depósitos têm vindo a abrandar a taxa de crescimento, devido às reduzidas remunerações pagas pelos bancos. Estes produtos cresceram 5,7% face a abril de 2024, abaixo dos 5,9% registados em março. Trata-se do sexto mês consecutivo de desaceleração na taxa de crescimento.
“Esta tendência de desaceleração, observada desde novembro de 2024, estará relacionada com a redução verificada na remuneração destes depósitos e com o aumento que se tem verificado nos últimos meses nas subscrições líquidas de certificados de aforro”, justifica o supervisor.
Apenas em abril, as famílias portuguesas aplicaram, em termos líquidos, mais de 541 milhões de euros em Certificados de Aforro, levando o stock total a ultrapassar os 37 mil milhões de euros, num momento em que estes instrumentos continuam a remunerar acima dos depósitos, ainda que a taxa vá baixar em junho, devido à quebra da Euribor.
(Notícia atualizada)
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