Carlos Santos: “O mundo comercial é um jogo de nãos”

  • ECO
  • 2 Junho 2025

Atualmente é CEO da Zome, mas o seu caminho profissional começou na engenharia mecânica. Como se juntam estes mundos até chegar ao mercado imobiliário? Conheça a história de Carlos Santos, aqui.

Carlos Santos, CEO da Zome, uma empresa do mercado imobiliário que se distingue pela sua forte ligação à tecnologia e pela possibilidade de reservar imóveis totalmente online através da ferramenta “Zome NOW”, é o convidado do 31º episódio do podcast “E Se Corre Bem?”.

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A ligação do imobiliário com a tecnologia resulta da fusão entre a formação académica de Carlos Santos, que se licenciou em engenharia mecânica e que, depois de um longo percurso a trabalhar skills na sua área de formação, descobriu que a tecnologia sempre foi a sua grande paixão: “Eu sempre gostei de tecnologia. Em pequeno, desmontava tudo, tinha curiosidade de ver o que tinha dentro das coisas, experimentava e criava coisas novas. Então eu dizia que queria ir para informática, mas a minha mãe dizia que isso não tinha futuro”.

Seguiu, por isso, os conselhos da mãe e a sugestão do pai, que lhe disse para seguir engenharia mecânica. Quando terminou a sua formação, conseguiu um estágio na Bosch, empresa onde acabou por conseguir o seu primeiro emprego. “Fui para o departamento de qualidade, uma área que não tinha nada a ver com o meu curso, mas foi muito interessante em termos de aprendizagem para hoje“, disse.

Durante o seu percurso profissional, Carlos Santos passou ainda outras empresas, que o levaram a trabalhar outros horizontes, nomeadamente nas áreas de telecomunicações e de projetos. Esta “tentativa e erro” que foi fazendo ao longo dos anos resulta da prioridade que dá ao bem-estar profissional, que considera crucial para uma vida com propósito: “Onde estamos, nós devemos e temos de nos sentir bem. Metade da nossa vida acordados é passada a trabalhar, portanto tem de ser divertido, desafiante, emocionante, apaixonante. Se não for, vai haver um dia, quando estivermos a morrer, que vamos pensar que demos cabo de metade da vida numa coisa que não nos fez sentido nenhum”.

Com esta premissa em mente, o atual CEO da Zome acabou por descobrir no imobiliário a oportunidade para proporcionar boas experiências às pessoas, através da experiência de comprar ou vender uma casa. Depois de abrir um franchising da REMAX juntamente com um amigo que se tornou seu sócio até hoje, Carlos Santos decidiu criar a Zome, que se distinguia das demais imobiliárias por ter um software próprio, que acabou por se tornar a característica competitiva da empresa.

“Acredito que não há impossíveis, pode é ainda não se saber como fazer”, garantiu, explicando que foi com este pensamento que sempre conseguiu seguir ideias disruptivas, mesmo quando todos lhe diziam que o caminho não podia ser por ali. “Também acredito que é possível capacitar pessoas no que quer que seja, mesmo que elas venham de uma área diferente daquela para a que vão. Fazer um reskill da pessoa, mesmo em áreas comerciais, é perfeitamente possível”, continuou.

No entanto, alertou para o facto de que também é muito importante saber lidar com os “nãos” nesta área. “O mundo comercial é um jogo de nãos. Temos que levá-los para um caixote do lixo direto, têm que ser ignorados. Geralmente, quem não entende um ´não´ é porque acha que aquilo tem a ver consigo, quase como se considerasse que foi ele próprio a ser rejeitado, mas na verdade não tem nada a ver com a pessoa. Quem não aguentar um não, mais vale ir trabalhar para outra coisa qualquer“, sugeriu.

Os “nãos” não podem paralisar ideias e prova disso é a Zome ser a primeira agência imobiliária a lidar com criptomoedas. “Nós fazemos transações em bitcoin há três anos e meio. É uma área em crescimento que nos permite chegar a pessoas que de outra forma não chegaríamos“, garantiu, ao mesmo tempo que revelou o seu principal objetivo: “Queremos garantir que somos a empresa que melhor serviço fornece em Portugal. Se isso depois fizer com que sejamos a maior empresa em Portugal, será uma consequência, mas não é a prioridade. Sermos os melhores a fornecer o serviço, termos clientes satisfeitos, sem reclamações, e proporcionarmos esta experiência boa às pessoas é a prioridade“.

Este podcast está disponível no Spotify e na Apple Podcasts. Uma iniciativa do ECO, na qual Diogo Agostinho, COO do ECO, procura trazer histórias que inspirem pessoas a arriscar, a terem a coragem de tomar decisões e acreditarem nas suas capacidades. Com o apoio do Doutor Finanças e da Nissan.

Se preferir, assista aqui:

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