Lituânia e Polónia vão pedir na cimeira de Haia gastos de 5% para todos os aliados da NATO

  • Lusa
  • 3 Junho 2025

Polónia e a Lituânia querem alcançar a meta dos 5% do PIB já no próximo ano, "demonstrando a sua seriedade face à mudança da situação geopolítica".

Os Presidentes da Lituânia, Gitanas Nauseda, e da Polónia, Andrzej Duda, reiteraram esta terça-feira que, na próxima cimeira da NATO em Haia, a decorrer este mês, defenderão conjuntamente que todos os membros da Aliança gastem 5% do PIB em defesa.

Numa reunião bilateral realizada em Palanga, Lituânia, os dois líderes reafirmaram o “firme compromisso com a segurança regional e a defesa da NATO” e instaram os aliados a garantir que o aumento do orçamento da defesa não é apenas uma promessa, mas um “plano de ação concreto”.

Embora tenha sido sugerido que o ano de 2030 seria a data ideal para atingir um gasto de 5% do Produto Interno Bruto (PIB) em defesa, a Polónia e a Lituânia pretendem alcançá-lo já no próximo ano, “demonstrando a sua seriedade face à mudança da situação geopolítica”, segundo explicou Nauseda.

No encontro desta terça, os presidentes recordaram o dia em que viajaram juntos para Kiev, nas vésperas da invasão da Ucrânia pela Rússia, em fevereiro de 2022, para manifestar o seu apoio ao Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

O Presidente polaco agradeceu a Nauseda a sua estratégia política de aumentar inequivocamente as despesas com a defesa na Lituânia, uma postura que o próprio defendeu na Polónia durante a sua presidência.

Nauseda, por sua vez, sublinhou a necessidade de agir “numa posição de força” contra um inimigo como a Rússia, uma vez que “os esforços diplomáticos são ineficazes” e são frequentemente “utilizados para manipulação” por Moscovo.

Apesar do fim iminente do mandato de Duda – que será substituído por Karol Nawrocki, que venceu a segunda volta das presidenciais polacas no domingo –, os dois chefes de Estado manifestaram confiança de que “as relações entre a Polónia e a Lituânia se manterão fortes e cordiais”.

Duda garantiu a Nauseda que transmitirá esta “relação positiva” ao Presidente eleito polaco, esperando a continuação da “política de boa vizinhança”.

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