Mais de metade dos médicos do SNS também trabalha no setor privado

  • ECO
  • 6 Junho 2025

A percentagem de médicos com mais um ou mais empregos é de 52,6%, enquanto nos enfermeiros é inferior (24,3%), mostra estudo desenvolvido por instituto da Universidade Nova de Lisboa.

Mais de metade dos médicos do Serviço Nacional de Saúde (SNS) também trabalha numa ou mais instituições do setor privado, concluiu um estudo promovido pelo Planapp – Centro de Planeamento e de Avaliação de Políticas Públicas, divulgado esta sexta-feira pelo jornal Público.

A percentagem destes profissionais de saúde com mais um emprego (ou múltiplos) é de 52,6%, enquanto nos enfermeiros é inferior (24,3%). No caso dos médicos, só 47,4% estão em exclusividade num prestador do SNS, segundo o estudo “A satisfação dos profissionais de saúde em Portugal e a retenção no SNS”.

O inquérito a médicos e enfermeiros, coordenado por Tiago Correia e desenvolvido pelo Instituto de Higiene e Medicina Tropical da Universidade Nova de Lisboa, revelou que as razões para este acumular de funções não são iguais para todos, sendo que a necessidade financeira é apenas uma das explicações para este fenómeno.

“Quanto mais satisfeitos estão os profissionais, maior a sua vontade de permanecer no local em que trabalham. E o trabalho em exclusivo para um único prestador do SNS é um dos fatores apontados como potenciador dessa felicidade”, lê-se na síntese do matutino.

Além disso, pesam os cargos de chefia, tanto entre os médicos dos hospitais do Estado como os das unidades privadas. Ou seja, ser chefe em determinado estabelecimento de saúde é um fator que tem influência na vontade de permanecerem lá.

Quanto aos vencimentos, o relatório do Planapp mostra que, no caso dos médicos especialistas do SNS, os montantes dividem-se quase da mesma forma: 43,6% ganham entre 2.000 a 2.999 euros e 42,8% têm um rendimento líquido mensal de 3.000 euros ou mais.

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