Governador da Califórnia vai processar Trump por mobilização da Guarda Nacional
Pela primeira vez, em décadas, a Guarda Nacional de um estado foi ativada sem um pedido do respetivo governador.
O governador da Califórnia, o democrata Gavin Newsom, afirmou que planeia dar entrada com uma ação judicial contra a administração Trump para reverter a mobilização da Guarda Nacional, que considerou “um ato ilegal, imoral e inconstitucional”. O presidente dos EUA sugeriu que apoiaria a detenção do governador.
Gavin Newsom fez estas declarações esta segunda-feira à estação de televisão MSNBC dois dias depois do Presidente norte-americano republicano, Donald Trump, ter mobilizado a Guarda Nacional para travar protestos em Los Angeles, onde centenas de manifestantes protestaram nos últimos dias contra as rusgas levadas a cabo pela polícia de estrangeiros e fronteiras dos Estados Unidos.
Já Donald Trump, quando questionado pelos jornalistas, classificou Newsom de “grosseiramente incompetente” na forma como estava a gerir os protestos a favor da imigração e sugeriu que apoiaria a sua detenção.
Segundo reporta a agência noticiosa norte-americana Associated Press (AP), trata-se da primeira vez, em décadas, que a Guarda Nacional de um estado é ativada sem um pedido do seu respetivo governador. Trump citou uma disposição legal que lhe permite mobilizar membros do serviço federal quando há “uma rebelião ou perigo de rebelião contra a autoridade do Governo dos Estados Unidos”.
Cerca de 300 membros da Guarda Nacional chegaram à cidade no fim de semana, e Trump disse que autorizaria a mobilização de 2.000 membros, caso fosse necessário.
Os confrontos começaram na sexta-feira, quando dezenas de manifestantes se reuniram do lado de fora de um centro de detenção federal exigindo a libertação de 44 pessoas presas pelas autoridades federais de imigração em Los Angeles, como parte da campanha de deportação em massa de Trump.
O Serviço de Imigração e Alfândega dos Estados Unidos realiza em média 1.600 detenções por dia, de acordo com o chefe da agência federal, Todd Lyons, que defendeu as medidas migratórias decretadas pela administração republicana.
(Notícia atualizada às 18h50)
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