Férias podem ficar mais caras. Hoteleiros estimam subida do preço médio no verão

  • Lusa
  • 18 Junho 2025

A maioria dos associados da Associação da Hotelaria de Portugal estima que, neste verão, haja um aumento do preço médio, tendo reservas confirmadas este mês entre 50% e 89%.

A maioria dos associados da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) estima que, neste verão, haja um aumento do preço médio, tendo reservas confirmadas este mês entre 50% e 89%, de acordo com os resultados de um inquérito.

Assim, junho é, até à data de fecho do inquérito, “o mês com o maior número de reservas ‘on the books’ [confirmadas], entre os 50% e os 89%”, disse a AHP, em comunicado.

julho e setembro “apresentam níveis de reservas mais moderados, entre os 20% e os 69%, enquanto agosto — tradicionalmente o mês mais forte do verão – regista taxas de reserva mais contidas, entre os 20% e os 49%”.

De acordo a AHP, no Algarve, “junho e julho já ultrapassaram os 70% de reservas, sendo apenas setembro o mês com as reservas mais baixa, abaixo dos 50%”.

A associação indicou ainda que o Algarve, os Açores e a Madeira “surgem como as regiões com melhor desempenho em termos de reservas para o verão, acima da média nacional, ainda que haja disparidades dentro dos próprios territórios”.

Segundo a AHP, quando questionados sobre como estimam que será a taxa de ocupação neste verão, em comparação com o ano passado, “43% dos inquiridos acha que será ‘melhor’ ou ‘muito melhor’, 42% acha que será ‘igual’ e 15% indica que será ‘pior'”.

Já em relação ao preço médio (ARR) “63% acha que será ‘melhor’ ou ‘muito melhor’, 27% acha que será ‘igual’ e 10% acha que será ‘pior'”.

Por fim, relativamente aos proveitos totais, “67% acha que serão ‘melhores’ ou ‘muito melhores’, 21% acha que serão ‘iguais’ e 12% acha que serão ‘piores'”.

No que diz respeito aos mercados emissores, o nacional “continua a ser mencionado por 76% dos inquiridos como estando entre os três principais”, com o Reino Unido mencionado por 55% dos inquiridos e os EUA por 45%.

Em termos regionais destaca-se a Madeira, “onde o Reino Unido surge no Top3 para o maior número de inquiridos (97%)”, sendo que “em 2024, o mercado mais mencionado era a Alemanha, indicada por 95% dos inquiridos”.

Já no Algarve, “Espanha é mencionada por menos inquiridos este ano (15%) do que no ano passado (55%), sendo também visível uma redução na região Norte, com 62% dos inquiridos a mencionar este mercado em 2025, sendo que era apontada por 86%, em 2024”.

Segundo os resultados do inquérito, o Booking mantém-se como “o principal canal de reservas no cômputo nacional, apontado por 95% dos hoteleiros inquiridos, seguido dos websites próprios, para 87%, e da Expedia, para 39%”.

A AHP deu ainda conta dos resultados da Páscoa, com a taxa de ocupação do fim de semana a atingir os 75%, “com crescimentos expressivos na Madeira (85%), no Alentejo (77%) e no Algarve (75%)”.

“No entanto, a taxa de ocupação (TO) apurada noutras regiões já revela sinais de possível contenção, se comparada com os resultados do inquérito de 2024, como é o caso do Oeste e Vale do Tejo, que desceu para 59%, face aos 64% registados no mesmo inquérito de 2024”.

Paralelamente, “a acompanhar esta quebra, o ARR da região caiu 12%, fixando-se nos 100 euros”, sendo que, “também nas regiões Norte e Centro registaram-se descidas na TO, ambas de -2 p.p. [pontos percentuais], situando-se nos 70% e 65%, respetivamente”.

A AHP indicou que, na Páscoa, “o preço médio por quarto (ARR) nacional foi de 151 euros, mais 5% face a 2024, mas com grandes variações regionais”, sendo que a Grande Lisboa liderou com 180 euros, seguida da Madeira (169 euros) e do Alentejo (156 euros)”.

O inquérito Balanço Páscoa & Perspetivas Verão 2025 foi realizado entre 26 de maio e 01 de junho, pelo Gabinete de Estudos e Estatísticas, junto de 284 empreendimentos turísticos associados da AHP.

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