Baraka apresenta uma queixa contra o BBVA junto das autoridades bolsistas do Reino Unido, do México e da Turquia relativamente aos direitos de reversão da operação Madrid Nuevo Norte

  • Servimedia
  • 27 Junho 2025

Enviou cartas aos reguladores bolsistas para alertar e denunciar o conflito entre o seu grupo e o BBVA, cotado nas bolsas desses países.

O fundador do Grupo Baraka, Trinitario Casanova, e representante da Associação Sem Abuso, que reúne um milhar de famílias afetadas pelos direitos de reversão dos terrenos da operação Madrid Nuevo Norte, enviou várias cartas aos reguladores bolsistas de Londres (Inglaterra), Cidade do México (México) e Ancara (Turquia) para alertar e denunciar o conflito entre o seu grupo e o BBVA, cotado nas bolsas desses países, relativamente aos direitos de reversão dos terrenos onde será executado o projeto.

Nestas cartas, e tal como fez em fevereiro passado com a SEC (supervisor norte-americano), Baraka explica que pretende informar os reguladores do processo judicial aberto no Tribunal Superior de Justiça de Madrid “para reclamar os direitos de reversão correspondentes aos terrenos expropriados para a construção dos complexos ferroviários de Chamartín e Fuencarral, em Madrid, e que em 1994 foram expropriados para a construção dos complexos ferroviários de Chamartín e Fuencarral, em Madrid, e que em 1994 foram objeto de uma concessão administrativa para o seu desenvolvimento urbanístico na denominada “operação Chamartín” (hoje “Madrid Nuevo Norte”)“ e informar sobre ”a medida cautelar de averbamento preventivo da pretensão acordada no referido processo judicial sobre praticamente todos os imóveis que compõem a referida zona de “Madrid Nuevo Norte””.

O presidente do Grupo Baraka explica que o BBVA registou um aumento de cerca de mil milhões de euros depois de ter adquirido à ADIF, em dezembro passado, os terrenos ferroviários afetados pelo projeto. Apesar do processo judicial, sublinha, “não foi incluída qualquer provisão ou contingência, nem foi deixada qualquer nota ou menção em relação ao referido processo judicial e à medida cautelar acordada no âmbito do mesmo, que afeta precisamente os terrenos cuja aquisição em dezembro de 2024 levou à revisão em alta das ações do BBVA em mais de mil milhões de euros”.

Por último, a carta alerta os supervisores da bolsa para o facto de o BBVA “estar a violar gravemente as normas internacionais de contabilidade por não refletir nas suas demonstrações financeiras consolidadas a realidade da situação e a imagem verdadeira e apropriada do grupo”.

Para além das comunicações com as bolsas mundiais onde o BBVA está presente, o Trinitario Casanova escreveu também à CNMV (Comisión Nacional del Mercado de Valores) há meses, informando-a da omissão do BBVA e da carta enviada à SEC. A mesma comunicação foi enviada à EY, a empresa de auditoria do BBVA, avisando que a sua auditoria teria de fazer referência à decisão do TSJM.

O objetivo do empresário é assegurar que qualquer futuro comprador da participação do BBVA seja informado de que o recurso administrativo entre o Baraka e o BBVA continua por resolver e, por conseguinte, se comprar, está consciente do risco que corre. Assim, no caso hipotético de os direitos de reversão virem a ser reconhecidos, Casanova poderá exigir ao Crea Madrid Nuevo Norte, sejam quais forem os seus acionistas, a devolução do terreno ou uma indemnização, que estima em cerca de mil milhões de euros, de acordo com as cartas enviadas às autoridades de supervisão das bolsas de valores dos Estados Unidos, Inglaterra, México e Turquia.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Comentários ({{ total }})

Baraka apresenta uma queixa contra o BBVA junto das autoridades bolsistas do Reino Unido, do México e da Turquia relativamente aos direitos de reversão da operação Madrid Nuevo Norte

Respostas a {{ screenParentAuthor }} ({{ totalReplies }})

{{ noCommentsLabel }}

Ainda ninguém comentou este artigo.

Promova a discussão dando a sua opinião