Governo já recebeu avaliações para a venda da TAP
As avaliações à companhia aérea realizadas pela EY e o banco Finantia foram entregues ao Governo na semana passada, avança a Bloomberg.
O Governo já tem as avaliações à TAP pedidas à consultora EY e ao banco Finantia, no âmbito do processo de reprivatização da companhia aérea. Segundo avança a Bloomberg, os documentos foram entregues a semana passada.
O ministro das Finanças afirmou a 20 de junho que o decreto de privatização seria aprovado pelo Conselho de Ministros nas “próximas semanas”. O Governo vai colocar à venda até 49% do capital da transportadora aérea.
“Não será uma privatização da maioria do capital”, disse Joaquim Miranda Sarmento em entrevista à SIC/Expresso. “Vamos analisar a melhor forma de maximizar o interesse do país, que é manter o hub, a empresa continuar a expandir — porque ela é crítica ao turismo em Portugal — e, adicionalmente, procurar o maior encaixe financeiro possível”, acrescentou.
O governante voltou a reiterar que “há muitos interessados na TAP, para qualquer figurino de venda”. Há vários meses a analisar a venda estão três grandes grupos europeus do setor: Air France – KLM, Lufthansa e IAG, dono da British Airways e Iberia.
As avaliações foram pedidas pela Parpública e são um elemento obrigatório nos processos de privatização. O ECO contactou o ministério liderado por Joaquim Miranda Sarmento, que remeteu para a entidade gestora das participações do Estado. Contactada, a Parpública não quis fazer comentários.
A operação de venda da companhia aérea deverá voltar a entrar em velocidade de cruzeiro, depois do processo ter sido interrompido duas vezes pela queda de um governo nos últimos anos. Primeiro em novembro de 2023, com a demissão de António Costa, e novamente em março último com o chumbo da moção de confiança apresentada pelo Executivo de Luís Montenegro.
O decreto-lei estava a semanas de ser aprovado em Conselho de Ministros, mas o Governo apressou-se a esclarecer que não avançaria com a venda da transportadora aérea estando em gestão, mas continuaria com os trabalhos preparatórios, a cargo da Parpública.
Desde que o processo foi interrompido, a TAP apresentou os resultados para a totalidade do ano de 2024 e o primeiro trimestre de 2025, e em ambos os períodos os números pioraram. A transportadora fechou o ano passado com lucros de 53,7 milhões, uma redução de 69,7% face a 2023.
Nos primeiros três meses de 2025 registou um prejuízo de 108,2 milhões, mais 18,1 milhões do que no mesmo período do ano passado, e foi a única a baixar as receitas entre as principais companhias. Já o endividamento caiu para quase metade.
(Notícia atualizada às 18h58)
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