Tiago Marto: “A empatia é fundamental num líder”

  • ECO
  • 8:00

Tiago Marto, CEO da Transfor, conta o percurso de quem trocou a música pela madeira e construiu um negócio internacional com disciplina, visão e foco nas pessoas.

Tiago Marto, CEO da Transfor, é o 36.º convidado do podcast E Se Corre Bem. Natural de Fátima, deixou a escola cedo, sem concluir o 11.º ano, para se dedicar à música. Ainda assim, foi no setor da construção que acabou por moldar o seu percurso. “Deixei de estudar muito cedo, não concluí o décimo primeiro ano e fui trabalhar na serração para juntar mais algum dinheiro”, explica. A Transfor começou de forma insuspeita – num lanche numa hamburgueria na Nazaré – e, atualmente, tem operações em Portugal, Angola, França e Reino Unido.

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A música foi ficando em segundo plano. No ano 2000, Tiago Marto decidiu sair da empresa familiar de serração. “Havia divergências na visão e na forma de estar no negócio e eu na altura não queria chatear-me com a família”, conta o CEO. Começou a trabalhar por conta própria, a fazer remodelações em part-time, sobretudo com madeira, chegando a montar estruturas de carpintaria num centro comercial em Fátima.

"Eu gosto de agarrar um desafio e fazê-lo acontecer”

Tiago Marto, CEO da Transfor

Atualmente, lidera uma empresa com mais de 300 pessoas. Reconhece que com o tempo, o setor evoluiu e que está muito diferente desde que começou. “Há muito mais profissionais e as próprias empresas evoluíram muito”, afirma.

Tiago Marto caracteriza-se como alguém movido por desafios. “Eu gosto de agarrar um desafio e fazê-lo acontecer”, explica. A autodisciplina tem sido central. “Não havia ninguém que me empurrava. Era mesmo eu.

Sobre a relação com os clientes, é claro: “Eu tenho prazer em trabalhar com o cliente.” E sobre estar fora de Lisboa, é pragmático: “Eu acho que não é outro mundo, mas há mais oportunidades.” Foi com esta mentalidade que chegou a Angola. “Eu vou à Angola com o objetivo de exportar carpintaria e serraria. Tinha uma fábrica nova e trabalhávamos para os principais construtores nacionais”, conta.

Sobre a escassez de talento, tem uma visão crítica: “Eu acho que há muito talento em Portugal, mas muito dele também está a ir para fora”. E defende que os salários no setor têm vindo a aproximar-se das médias europeias. “No nosso setor já estamos a pagar mais do que em França, por exemplo”, explica. Ainda assim, considera que o talento nacional não foi acompanhado por uma estratégia. “Não está direcionado, não foi estrategicamente acompanhado o crescimento do país.”

Na liderança, acredita na procura por excelência e empatia. “Eu tenho, de facto, ao longo da vida tentado procurar e desafiado todos os meus diretores e administradores, a procurarem sempre os melhores que conseguirmos. Tenho muitas pessoas que me dão dez a zero em muitas áreas.” E conclui: “A empatia é fundamental num líder.”

Este podcast está disponível no Spotify e na Apple Podcasts. Uma iniciativa do ECO, na qual Diogo Agostinho, COO do ECO, procura trazer histórias que inspirem pessoas a arriscar, a terem a coragem de tomar decisões e acreditarem nas suas capacidades. Com o apoio do Doutor Finanças e da Nissan.

Se preferir, assista aqui:

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