BRANDS' ECO Inovação é investimento estratégico que as empresas não podem descurar
Na 2.ª edição do Prémio Inovação na Internacionalização, distinguiram-se negócios com ambição global e um percurso de sucesso além-fronteiras. Conheça os cinco grandes vencedores.
“Normalmente, as empresas que mais crescem são as que mais investem em inovação”. As palavras de Amílcar Lourenço, administrador executivo do Banco Santander, marcaram o tom da 2.ª edição do Prémio Inovação na Internacionalização, uma iniciativa conjunta da COTEC Portugal, do Santander Portugal e do World Trade Center Lisboa. Mais do que apenas uma cerimónia de entrega de prémios, o evento celebrou o espírito empreendedor e resiliente do tecido empresarial português.
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2.ª edição do Prémio Inovação na Internacionalização -
Amílcar Lourenço, administrador executivo do Banco Santander
Desde fabricantes de cola a tecnológicas, passando por industriais altamente qualificados, as empresas distinguidas têm em comum uma cultura de inovação, visão global e, acima de tudo, a coragem de arriscar. “Este prémio tem muito mais valor do que à primeira vista nos parece”, sublinha o administrador, que lembrou que “inovar é, muitas vezes, visto como um custo elevado” quando, na realidade, “é um investimento estratégico.”
Numa conversa moderada pelo subdiretor do ECO, Tiago Freire, a receita para o sucesso na internacionalização foi o tema central. “O mercado português é demasiado pequeno, tanto em dimensão como em recursos”, lembra Sandra Santos, CEO da Logoplaste, que acredita que “as empresas que triunfam lá fora são as que nascem com ambição”.

Essa ambição, porém, exige mais do que vontade. Implica preparação, adaptabilidade e, sobretudo, uma cultura organizacional aberta ao risco e à aprendizagem. Helena Bento, CEO do Oceanário de Lisboa e antiga vice-presidente da Gallo, recorda que a internacionalização é, acima de tudo, um processo de autoconhecimento. “Temos de perceber o que fazemos bem, onde podemos ser os melhores, e onde há consumidores dispostos a pagar por isso”, sugere a empresária com ampla experiência em desbravar o mundo.

A capacidade de adaptar produtos, modelos de negócio e estruturas às realidades de cada mercado foi outro tema recorrente. Sandra Santos não acredita “em grandes planos detalhados”, mas antes em “estudar bem os mercados, ouvir quem está no terreno e aprender com outras indústrias, mesmo que pareçam não ter nada a ver connosco”.
“A ideia do empreendedor super-herói não funciona. A internacionalização é uma jornada feita com outros, dentro e fora da empresa”, reitera.
Inovar é um ato de coragem
O grande vencedor desta segunda edição do prémio foi a OLI, nome conhecido do setor industrial português, com sete décadas de vida, que se destacou pela capacidade de ajustar a sua abordagem a cada novo mercado. “Nos países onde entrámos, fizemo-lo sempre de forma diferente. Cometemos erros, claro, mas aprendemos com eles”, partilha o CEO António Ricardo Oliveira, que além do primeiro lugar leva para casa o troféu na categoria Small Mid Cap. “A nossa presença em oito países, com equipas multiculturais, é reflexo disso”.
Outro caso inspirador foi o da Colquímica Adhesives, vencedora da edição anterior e convidada para partilhar a sua experiência. “Exportamos 94% do que produzimos para mais de 60 mercados”, revela Luís Bento, CFO da empresa sediada em Valongo. O CFO da empresa sediada em Valongo não tem dúvidas de que a cultura organizacional faz toda a diferença no sucesso que tem vivido. “Somos uma empresa familiar, mas com três pilares muito claros: agilidade, proximidade e inovação. E isso dá-nos vantagem”, diz.
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A OLI foi a grande vencedora da 2.ª edição do Prémio Inovação na Internacionalização -
Luís Bento, CFO da Colquímica Adhesives, vencedora da 1.ª edição do Prémio Inovação na Internacionalização -
Jorge Portugal, diretor-geral da COTEC
Jorge Portugal, diretor-geral da COTEC, não encerrou a cerimónia sem antes deixar um rasgado elogio às empresas finalistas e às histórias que representam. “Este país não é fácil para quem quer empreender. Mas estas empresas mostram que é possível conquistar mercados internacionais com talento, resiliência e persistência”, realçou.
Para o líder da instituição que há mais de duas décadas apoia o tecido empresarial português, há quatro características comuns às empresas com ADN de internacionalização: capacidade de aprender e selecionar o conhecimento relevante, clareza sobre as vantagens de internacionalizar, gestão dinâmica da vantagem competitiva, e uma cultura empresarial adaptável sem perda da identidade. “Uma empresa bem-sucedida é aquela que se camufla no novo mercado sem perder o que a distingue”, considera.
Empresas distinguidas
Além da OLI, que venceu esta edição e acumulou o título de melhor Small Mid Cap, foram premiadas outras quatro organizações que têm dado cartas além-fronteiras. Na categoria Pequena Empresa Europa, a RCN Aluminium arrecadou o primeiro lugar do pódio, um feito também alcançado pela Skypro como Pequena Empresa Global.
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Os grandes vencedores da 2.ª edição do Prémio Inovação na Internacionalização -
A RCN Aluminium venceu na categoria Pequena Empresa Europa -
A Skypro foi a grande vencedora na categoria Pequena Empresa Global -
A Palbit, dedicada à produção de ferramentas em metal duro há mais de 100 anos, recebeu o prémio na categoria Média Empresa Europa -
O troféu de Média Empresa Global distinguiu a Controlar, especializada no desenvolvimento de hardware e software para a indústria -
A grande vencedora da 2.ª edição do Prémio Inovação na Internacionalização foi a OLI, nome conhecido do setor industrial português
Já para Média Empresa Europa, o prémio foi entregue à Palbit, dedicada à produção de ferramentas em metal duro há mais de 100 anos, enquanto o troféu de Média Empresa Global distinguiu a Controlar, especializada no desenvolvimento de hardware e software para a indústria.
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