Goldman Sachs e PwC lideram assessoria financeira de fusões e aquisições na Europa
O banco norte-americano e a consultora britânica encabeçaram em número e valor de fusões e aquisições registadas na Europa na primeira metade do ano. JP Morgan e Clearwater também se destacaram.
O banco norte-americano Goldman Sachs e a consultora PwC foram os principais assessores de fusões e aquisições (M&A) na Europa durante a primeira metade deste ano, destacando-se pelo valor mobilizado e pelo número de negócios em que estiveram envolvidos, respetivamente.
A Global Data, que classifica os advisors pelo preço e volume das operações que apoiaram, revelou que o Goldman Sachs alcançou a posição de liderança em termos de valor acumulado nas transações, com 23,8 mil milhões de dólares (cerca de 20,5 mil milhões de euros), enquanto a PwC – uma das Big Four, que têm entrado mais neste mercado, além da due diligence – liderou em volume, assessorando 52 negócios.
“O Goldman Sachs foi o principal assessor em valor no primeiro semestre de 2024 e, apesar de ter registado uma queda em valor face ao período homólogo, conseguiu manter a sua posição de liderança nesta métrica também no primeiro semestre de 2025”, explica o analista Aurojyoti Bose, da Global Data. O especialista destaca ainda que “sete das 10 principais [empresas] em valor registaram uma redução no valor total de negócios” nos primeiros seis meses de 2025 face ao mesmo período do ano passado.
O mesmo aconteceu com os oito maiores assessores em número (volume), tendo em conta que registaram uma redução de um ano para o outro entre janeiro e julho. Por exemplo, as seis empresas que compõe os dois pódios caíram todas em termos homólogos: Goldman Sachs (-56,3%), JP Morgan (-18,6%), Barclays (-9,8%), PwC (-13,3%), Clearwater (-12,1%) e Rothschild & Co (-45,1%).
Os consultores, banqueiros de investimento e advogados contactados pela agência Reuters concluíram que a incerteza nos mercados financeiros devido à guerra comercial, que se agudizou com o presidente dos Estados Unidos, as elevadas taxas de juro e as tensões geopolíticas decorrentes dos conflitos na Ucrânia e no Médio Oriente dificultaram as transações, mas não foram suficientes para derrubar por completo as expectativas de que este seja um ano de sucesso para o M&A numa perspetiva global.
“Apesar de todas as surpresas deste ano, desde a incerteza tarifária aos conflitos regionais, os negócios ainda estão a ser fechados. Enquanto as fusões e aquisições na América do Norte enfrentam obstáculos crescentes, os negócios prosperam na Europa e aceleram na Ásia, à medida que os compradores se adaptam à crescente volatilidade do mercado, abordando os negócios com uma visão de longo prazo e mais pragmática para alcançar o máximo valor”, explica Jana Mercereau, responsável de Advisory de M&A na Europa da WTW.
Segundo Jana Mercereau, quem está em setores mais expostos às tarifas pode utilizar esta estratégia para proteger as suas cadeias de abastecimento, transfronteiriças e complexas, “numa tentativa de se tornarem mais resilientes e resistentes ao cenário geopolítico mais volátil”.
A análise da WTW, exposta no Quarterly Deal Performance Monitor, mostra que as empresas compradoras europeias superaram as empresas não envolvidas em atividades de M&A em 9,4 pontos percentuais em negócios avaliados em mais de 100 milhões de dólares (86,1 mil milhões de euros) nos últimos seis meses.
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