Governo admite entrada da TAP em bolsa na segunda fase da privatização
"Pensámos parcialmente [no IPO]. Neste momento não há massa crítica, mas pode-se considerar, de facto, em fases subsequentes”, disse o secretário de Estado das Infraestruturas, Hugo Espírito Santo.
O secretário de Estado das Infraestruturas diz que o Governo admite a possibilidade de avançar para uma dispersão do capital da TAP em bolsa numa segunda fase da privatização da companhia aérea. Além da oferta pública inicial (IPO – Initial Public Offering), caso o investidor inicial não valorize a empresa, será também possível que se escolha outro investidor.
“Pensámos parcialmente [no IPO]. Neste momento não há massa crítica, mas pode-se considerar, de facto, em fases subsequentes”, disse Hugo Espírito Santo ao programa de debate da RTP “É ou não é”.
“Sendo minoritário, quando vendermos os restantes 51,1%, não temos de vender a este. Se assistirmos a um parceiro que não está a valorizar a companhia, fica nas nossas mãos corrigir o tiro a seguir”, referiu o governante.
Hugo Espírito Santo esclareceu que a decisão de privatizar, inicialmente, 49,9% foi técnica e contrariou a ideia de que a TAP é “arma política”. O secretário de Estado das Infraestruturas diz que o processo faseado garante maior aporte de capital para o Estado no longo prazo e antecipou que as sinergias atinjam um valor de 300 milhões de euros anuais.
“Precisamos de uma TAP que cresça, que seja capaz de gerar sinergias, que ultrapasse aquilo que é o limite físico que hoje em dia tem. Portanto, precisamos de trazer um parceiro (uma companhia aérea com dimensão ou consórcio) que seja capaz de extrair essas sinergias e ajudar-nos a fazer a TAP continuar a crescer a TAP”, disse, em declarações divulgadas pelo canal público.
Na semana passada, o Executivo de Luís Montenegro avançou com o processo de privatização da TAP até 49,9% do capital da TAP. A decisão “incorpora a abertura ao capital de um investidor ou mais até 44,9% e 5% aos trabalhadores”, segundo o primeiro-ministro, que garantiu ainda que o processo salvaguarda o hub de Lisboa e que caso não sejam atingidos os objetivos do Governo, o processo pode ser suspenso sem qualquer indemnização.
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