Preço dá vantagem a consórcio da Mota-Engil na corrida à construção da linha Violeta do Metro de Lisboa
Agrupamento que reúne Mota-Engil, Zagope e Spie Batignolles entregou a proposta com o valor mais baixo para a nova linha do Metro de Lisboa. Preço pesa 71% nos critérios de avaliação.
O consórcio composto pela Mota-Engil, Zagope e Spie Batignolles apresentou o preço mais baixo no concurso público para a construção e manutenção da linha Violeta do Metro de Lisboa, no valor de 598,9 milhões de euros, indicou a empresa de transportes em comunicado.
O segundo valor mais baixo foi proposto pela Master Slylo, de 600 milhões. O agrupamento espanhol, que junta a FCC Construcción, Contratas y Ventas, Comsa, Comsa Instalaciones Y Sistemas Industriales e o Fergrupo – Construções Técnicas e Ferroviárias, avançou com uma proposta de 630 milhões de euros.
O consórcio que integra a Teixeira Duarte, Casais, Tecnovia, EPOS, Somafel e Jayme da Costa, entregou a proposta com o valor mais elevado: 716,09 milhões.
A Mota-Engil parte em vantagem, tendo em conta que o preço tem um peso de 71% nos critérios de avaliação do concurso, mas face à existência de valores próximos, poderá ser a qualidade do projeto a ditar o vencedor. “As propostas apresentadas encontram-se agora em fase de análise pelos membros do júri do procedimento”, indica o Metropolitano de Lisboa.
O concurso tem um valor de 600 milhões de euros, mais 150,2 milhões do que o anterior, que acabou por ser anulado. O reforço de 28% foi aprovado pelo Conselho de Ministros em março. Àquele montante somam-se 77,5 milhões de euros destinados aos custos com expropriações e assessorias ao projeto.
Além da construção da infraestrutura do sistema de metro ligeiro, o concurso inclui o fornecimento de 12 veículos Light Rail Vehicle bidirecionais, num montante máximo de 60 milhões de euros, e a manutenção da linha e das carruagens durante três anos.
O prazo de conclusão da obra foi adiado para 2029. Na resolução de Conselho de Ministros que lançou a obra, em novembro de 2023, previa-se que o sistema de transporte estivesse operacional até ao final de 2026, estendendo-se para 2027 algumas obras complementares.
A Linha Violeta, com 11,5 km de extensão, contempla 17 estações e um parque de material e oficinais. No concelho de Loures serão construídas nove estações que servirão as freguesias de Loures, Santo António dos Cavaleiros e Frielas, numa extensão de cerca de 6,4 km.
O concelho de Odivelas terá oito estações que servirão as freguesias de Póvoa de Santo Adrião e Olival de Basto, Odivelas, Ramada e Caneças, numa extensão total de cerca de 5,1 km. As estações terão diferentes tipologias, sendo 12 de superfície, três subterrâneas e duas em trincheira.
O Metro de Lisboa estima que utilizem a linha cerca de 9,5 milhões de passageiros no primeiro ano, retirando cerca 3,8 milhões de viaturas individuais e 4,1 mil toneladas de CO2. O metro de superfície ligará a estação de Odivelas ao Hospital Beatriz Angelo em 9,5 minutos e ao Infantado em 16,5 minutos.
O projeto da Linha Violeta do Metro de Lisboa tem tido uma vida difícil. O primeiro concurso foi cancelado em novembro de 2024, depois da Mota-Engil e a Zagope terem apresentado propostas acima do valor base, “numa média de cerca de 28%”.
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