Ventura critica nomeações feitas por Mário Centeno
"Quando começa a chegar o fim vocês não são a preocupação deles", disse o líder do Chega, acrescentando que "a única preocupação" é que os "amigos" continuem a auferir o salário pago pelos impostos.
O presidente do Chega, André Ventura, insurgiu-se esta quarta-feira, no Porto, contra nomeações feitas por Mário Centeno no Banco de Portugal na semana em que termina o seu mandato à frente daquela instituição. No discurso, que encerrou a apresentação da candidatura de Miguel Corte-Real à Câmara do Porto, Ventura aproveitou a notícia do jornal Eco para lançar críticas a Mário Centeno.
O ECO avançou que Álvaro Novo, atual diretor do gabinete de apoio ao governador do Banco de Portugal (BdP), viu o seu contrato renovado na mesma semana em que chegou ao fim o mandato de Mário Centeno.
A renovação das funções de Álvaro Novo não foi a única decisão, com Rita Poiares a ser promovida a diretora-adjunta do Departamento de Estatística (DDE) após a demissão de Luís Teles Dias, com efeito apenas a partir de 1 de outubro, portanto com mais de dois meses de antecedência.
“O Mário Centeno vai sair, provavelmente amanhã [quinta-feira], do Banco de Portugal. O tal que era ministro das Finanças e deixou de ser para ser governador de uma entidade independente chamada Banco de Portugal. Vejam a independência. Ali ficou, pela mão do PS e ali se manteve já com o Governo do PSD”, começou por dizer André Ventura.
E prosseguiu: “Sabem o que é que hoje e ontem [terça-feira] o Mário Centeno se preocupou em fazer? Não foi tomar nenhuma decisão que favorecesse a economia portuguesa ou libertar um estudo sobre a corrupção em Portugal, ou sobre os salários ou sobre as pensões. Foi voltar a nomear o seu chefe de gabinete, garantindo o seu salário para os próximos anos neste país e até promovendo a mulher de um antigo secretário de Estado do PS”.
“Quando começa a chegar o fim vocês não são a preocupação deles. A única preocupação que têm é que os seus amigos, se o seu pai, a sua mãe, o seu irmão continuem a auferir o salário pago com os nossos impostos”, continuou o líder do Chega. André Ventura defendeu que o país, precisa, por isso, de “uma grande revolta nacional pela decência”.
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