Portugal reforça linha de crédito a Angola em 750 milhões de euros
Governo reforçou em 750 milhões de euros a linha de crédito para as empresas portuguesas investirem em Angola, totalizando agora 3.250 milhões de euros.
Portugal vai reforçar a linha de crédito a Angola com mais 750 milhões de euros, para um total de 3.250 milhões de euros. O anúncio foi feito esta sexta-feira pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro, ao lado do Presidente da República de Angola, João Lourenço, a Portugal.
“O Governo de Portugal decidiu, também no espaço de dois meses pela segunda vez, reforçar a linha de crédito que, através do Banco Português de Fomento, colocamos à disposição das empresas portuguesas para a sua operação em Angola”, disse o primeiro-ministro Luís Montenegro, em conferência de imprensa.
Montenegro recorda que há um ano, Portugal reforçou essa linha de crédito com 500 milhões de euros, passando de dois mil milhões para um total de 2,5 mil milhões de euros. “Estamos a falar de um aumento de 62,5% num curto espaço de 12 meses”, diz o governante.
Montenegro assegura que “o instrumento financeiro é um contributo positivo para o trabalho dos dois governos e das duas economias”. Paralelamente, Portugal e Angola reforçaram a cooperação através da assinatura de 11 novos acordos bilaterais em áreas que vão do ensino da língua à cooperação em segurança e proteção civil e entre empresas de transportes.
“Quero agradecer, em nome do Governo português, o contributo inestimável que a comunidade angolana dá ao tecido económico de Portugal”, afirmou o chefe de Estado.
“Os empresários portugueses também contribuíram para o sucesso dos 50 anos de independência de Angola“, disse o presidente da República de Angola, João Lourenço, no Palácio das Necessidades.
Luís Montenegro destaca que “Portugal é o segundo maior parceiro comercial de Angola, com 1.250 empresas a operar no país”. “É um ambiente de negócio positivo e favorável e os governos estão empenhados em criar, ainda mais, condições e instrumentos para que esta cooperação económica se possa desenvolver”, vinca.
Montenegro promete “continuar a criar condições preferenciais” para cidadãos angolanos
O Presidente angolano chegou quinta-feira a Lisboa para uma visita oficial a Portugal, numa altura em que estão curso alterações ao regime jurídico de entrada de estrangeiros. João Lourenço revelou “incómodo” com lei dos estrangeiros e defendeu que Portugal, enquanto país de emigrantes, não trate os imigrantes pior do que outros países trataram os portugueses.
“O mínimo que exigimos é que Portugal não trate os imigrantes, que escolheram Portugal como destino para fazer as suas vidas, de forma pior do que foram tratados nos países que os acolheram ao longo dos anos”, destacou ainda, deixando este “apelo” a Portugal, antes da visita oficial.
Esta sexta-feira, o primeiro-ministro assumiu o compromisso do executivo de “continuar a criar condições preferenciais para o acesso dos cidadãos angolanos à integração” no mercado de trabalho, bem como à sua “integração plena” no tecido social português.
(Notícia atualizada com mais informação)
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