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Administrador de insolvência pede adiamento do fecho da dona da Visão

Carla Borges Ferreira,

André Pais Correia reforçou também junto do tribunal o pedido feito pela direção e editores da Visão para que seja realizada nova assembleia geral de credores. 

Amanhã, quinta-feira, é dia de chegada às bancas da revista Visão, o que vai acontecer. A Telenovelas também chega às bancas esta semana e ainda há a possibilidade de a Ativa ser impressa. A Caras já não será editada esta semana. A informação foi avançada ao +M por André Correia Pais, administrador de insolvência da Trust in News (TiN).

Entretanto, e tal como o +M avançou na segunda-feira, André Correia Pais dirigiu também um requerimento ao tribunal, no qual pede que a cessação de atividade da empresa, decretada no dia 18 de julho, na decisão de não homologação do processo de insolvência, seja adiada até outubro, data no qual termina o pré aviso do despedimento coletivo, comunicado aos trabalhadores na última sexta-feira. Esta ordem de cessação, comunicada pela secretaria do tribunal à Autoridade Tributária na sequência da decisão de não homologação do plano de insolvência, poria de imediato fim à atividade da empresa.

André Pais Correia reforçou também junto do tribunal o pedido, feito pela direção e editores da Visão, para que seja realizada nova assembleia geral de credores.

O responsável frisa, no entanto, que não pediu a nenhum trabalhador para que continuasse a trabalhar, tendo optado por avançar para um despedimento com pré-aviso, em vez de despedimento imediato, para acomodar o pedido de alguns jornalistas.

Um grupo de 11 jornalistas da Visão, entre os quais três elementos da direção, quatro editores e dois grandes repórteres, recorde-se, entregou na sexta-feira, no tribunal de Sintra, um requerimento para que o título possa continuar em funcionamento.

Ganhar tempo era a palavra de ordem. Por um lado, para o título não perder valor deixando de ser editado, por outro, para que se tente arranjar uma solução para uma marca que, acreditam estes jornalista, é viável, explicava ao +M Rui Tavares Guedes, diretor da Visão.

Entretanto, já esta quarta-feira, o administrador de insolvência dirigiu também um email à comissão de credores, dando conta dos últimos desenvolvimentos e do seu entendimento sobre a melhor forma de avançar com a venda dos títulos. Em sua opinião, e se possível, deve ser vendido todo o negócio, sem o passivo, incluindo o quadro de pessoal.

Nos últimos dias, avança também, têm sido feitos alguns “contactos exploratórios” por alguns potenciais interessados, sobretudo pedindo informação sobre o processo de venda e métricas dos títulos.

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