Exclusivo OW Ventures passa a gerir fundo COREangels Atlantic, que muda estratégia de investimento

O COREangels Atlantic, que aposta em early stage, tem um alvo de três milhões de euros e já captou 60% do capital. Vai agora também apoiar empresas ibéricas na sua expansão para o Brasil.

A OW Ventures juntou ao seu portefólio a gestão o fundo COREangels Atlantic que acaba de mudar a sua estratégia de investimento. O fundo, até aqui focado em apoiar startups brasileiras na sua internacionalização para a Europa, vai também apoiar startups portuguesas e espanholas que queiram expandir para o Brasil. O COREangels Atlantic, que aposta exclusivamente early stage, tem um alvo de três milhões de euros e já captou 60% do capital.

“A parceria da OW Ventures com a COREangels Atlantic surge de forma natural: partilhamos a aposta em startups early-stage com ambição global, e reconhecemos o fit natural entre os ecossistemas do Brasil e de Portugal. A equipa de gestão da OW Ventures traz uma experiência sólida e prática nos dois mercados, o que nos permite acompanhar de perto os fundadores, abrir portas estratégicas e acrescentar valor muito além do investimento. Juntos, estamos preparados para impulsionar startups com presença e impacto real nos dois lados do Atlântico”, diz Luís Gutman, CEO da OW Ventures.

A sociedade de capital de risco, recorde-se, é uma joint venture entre a M4 Ventures (com experiência de investimento em startups nacionais que deram o passo de expansão para o Brasil, como é o caso da Modatta ou da SheerMe) e da Olisipo Way, que trouxe consigo o AngelWays, fundo que investe em fase pré-seed e quer injetar um milhão de euros em 20 startups em dez anos. Neste momento, já investiu em cinco startups, com tickets de 50 mil euros. Sob gestão da OW Ventures está igualmente o fundo Terralis — que tem como objetivo, em oito anos investir 20 milhões em startups na área de sustentabilidade — tendo em maio se juntado o Tech Services Alliance. O fundo prevê, por empresa, um ticket máximo de investimento de 1,5 milhões de euros. Em quatro anos, querem investir entre oito a 12 PME do setor tech.

Agora, com esta parceria passa a ter sob gestão fundo COREangels Atlantic, fundo inicialmente pensado para apoiar startups brasileiras no seu esforço de internacionalização para a Europa e que, nesta nova fase, junta o apoio a startups ibéricas que queiram entrar no mercado brasileiro.

De esquerda para direita: Guilherme Soto Ugalde (managing partner da COREangels Madrid); Cíntia Mano (CEO da COREangels); Rui Falcão (co-founder e presidente da COREangels); Maurizio Calcopietro (managing partner da COREangels Atlantic) e Federico Giannetti (managing partner da COREangels Climate).

“Essa mudança na nossa tese de investimento nasceu de forma muito orgânica: foi o próprio ecossistema que nos pediu. Vários empreendedores portugueses e espanhóis nos procuraram com interesse real em expandir para o Brasil, mas esbarravam na complexidade do mercado. Percebemos que, com a nossa rede de investidores brasileiros e a experiência acumulada dos dois lados do Atlântico, estávamos numa posição única para oferecer não apenas capital, mas também conhecimento local e apoio estratégico”, diz Maurizio Calcopietro, managing partner do COREangels Atlantic.

Investindo exclusivamente em fase early stage, o COREangels Atlantic opera segundo o modelo de arcanjo, em que cada projeto investido é diretamente acompanhado por um dos business angel, que se assume como seu mentor e conselheiro, concentrando-se na internacionalização desde o arranque da startup, exigindo apenas que tenha, pelo menos, um ano de faturação para validação do produto.

Com um alvo de três milhões de euros, o fundo já captou 60% do capital, tendo já investido em sete startups brasileiras, com uma oitava em processo de due diligence. Nesse portefólio de investimentos inclui-se um early exit de sucesso com a Sizebay, o provador virtual utilizado por lojas online de moda a nível global.

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