Custo da mão-de-obra na construção dispara 7,3% e pressiona preço das casas novas

Os custos de construção de habitação nova aumentaram 3,9% em junho face ao mesmo mês de 2024, segundo uma estimativa divulgada esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). A subida do indicador, num valor que fica três décimas acima do observado em maio, é influenciada sobretudo pelo aumento do custo da mão-de-obra, o maior desde março.

O gabinete estatístico revela que o custo da mão-de-obra teve uma subida homóloga de 7,3%, mais 0,5 pontos percentuais do que em maio, enquanto o preço dos materiais aumentou 1% em junho, desacelerando uma décima face ao mês anterior.

Variação homóloga do Índice de Custos de Construção de Habitação Nova:

O custo da mão-de-obra contribuiu com 3,4 pontos percentuais (3,0 pontos percentuais no mês anterior) para a formação da taxa de variação homóloga do Índice de Custos de Construção de Habitação Nova; e os materiais com 0,5 pontos percentuais (0,6 pontos percentuais em maio), detalha o INE.

Os betumes, as madeiras e derivados de madeira, a par com as tubagens de aço, de ferro fundido e aparelhos para canalizações foram os materiais que mais contribuíram negativamente para a variação agregada do preço, ao registarem descidas de cerca de 10% no mês em análise.

Em sentido inverso, o Instituto Nacional de Estatística destaca os vidros e espelhos, com uma subida de cerca de 30%, e os aparelhos de climatização, com um crescimento homólogo de cerca de 10%.

No que diz respeito à variação em cadeia, a taxa de variação mensal do índice foi de 0,4% em junho, 0,1 pontos percentuais acima da do mês anterior, tendo o custo dos materiais descido 0,3% e o da mão-de-obra subido 1,2%.