Fundação Jiménez Díaz prepara os participantes do Desafio Santalucía Seniors 2025 para enfrentar com saúde e segurança a sua expedição ao Ártico

  • Servimedia
  • 20 Agosto 2025

Os cinco participantes do Desafio Santalucía Seniors Ártico 2025 enfrentarão a partir da próxima semana e até 9 de setembro um dos ambientes mais extremos do planeta.

Para enfrentar o desafio com mais garantias, os cinco protagonistas participaram recentemente de uma sessão médica no Hospital Universitário Fundación Jiménez Díaz, como parte de sua preparação integral para a expedição, especialmente no que diz respeito a temperaturas extremas e sobrevivência na água.

A sessão foi ministrada pela Dra. Astrid Teixeira Taborda, especialista do Serviço de Medicina Física e Reabilitação do centro, com o apoio da Dra. Almudena Fernández-Bravo Rueda, chefe associada do mesmo serviço. Ambas ofereceram uma palestra didática, rigorosa e acessível, com orientações fundamentais para prevenir lesões, otimizar o desempenho físico e adaptar-se ao frio extremo, à humidade, às condições instáveis de navegação ou à exposição prolongada à neve.

Durante a sessão, foram abordados em profundidade os principais riscos físicos de uma expedição polar: hipotermia, bolhas, entorses, queimaduras solares ou desidratação. Entre as recomendações, destacaram-se o uso de roupas técnicas em camadas (base térmica de lã merino, camada intermediária isolante e camada externa impermeável), a hidratação correta mesmo sem sensação de sede e uma alimentação rica em calorias e gorduras saudáveis, como frutos secos ou barras energéticas.

«As condições do Ártico impõem uma grande demanda energética ao organismo. Conhecer os mecanismos de adaptação ao frio e aplicar estratégias preventivas permite minimizar os riscos sem comprometer o desempenho físico», explicou a Dra. Teixeira, sublinhando também a importância de evitar o consumo de álcool devido ao seu impacto negativo na termorregulação.

Para reduzir o risco de lesões musculares e articulares, foi enfatizada a importância do aquecimento prévio e da mobilidade articular antes de cada atividade, especialmente em ambientes frios. Também foi recomendado realizar alongamentos lentos e específicos no final do dia ou no dia seguinte, para facilitar a recuperação sem sobrecargas. «Alguns minutos de aquecimento podem fazer a diferença entre desfrutar do desafio ou se lesionar. E, ao final do dia, alongamentos bem direcionados ajudam a recuperar o tônus muscular e prevenir contraturas ou desconfortos posteriores”, acrescentou a especialista.

Outro tema abordado foi a prevenção da cinetose, o enjoo do viajante, comum em travessias como esta, nas quais se combinam navegação prolongada e águas instáveis. Pode surgir mesmo em pessoas sem antecedentes e afetar gravemente a sua capacidade de participar ativamente nas atividades programadas.

As médicas ofereceram recomendações claras, como tomar medicação preventiva antes de embarcar, evitar fixar o olhar em objetos em movimento, manter o olhar no horizonte ou adotar uma postura relaxada durante a travessia. “O enjoo é muito frequente neste tipo de travessias e pode afetar até mesmo aqueles que nunca o experimentaram. Antecipar-se com estas medidas ajuda a preveni-lo ou atenuá-lo e garante que os participantes se mantenham ativos durante a navegação”, disse a Dra. Fernández-Bravo.

Essas orientações, juntamente com a preparação física e mental trabalhada na sessão, fizeram parte de uma abordagem preventiva orientada para evitar incómodos e garantir que cada participante enfrente o desafio com segurança e confiança.

A formação vem somar-se aos exames médicos previamente realizados aos expedicionários Bernardo, Esther, Merche, Amelia e Jesús no hospital madrileno, e enquadra-se na estratégia de acompanhamento clínico concebida pela equipa médica para garantir que enfrentam o desafio nas melhores condições de saúde, tanto física como emocional.

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