Teixeira Duarte aumenta lucro para 42,4 milhões no primeiro semestre. Vendas caem na construção e imobiliário
Carteira de encomendas do grupo para o setor da construção, que representa mais de metade do negócio, aumentou 5,9% para 1.630 milhões de euros.
A Teixeira Duarte, liderada por Manuel Maria Teixeira Duarte, fechou o primeiro semestre com lucros de 42,4 milhões de euros, um resultado superior em mais de quatro vezes ao alcançado no mesmo período do ano passado, devido ao impacto positivo nos resultados financeiros do acordo de refinanciamento celebrado com a banca em março.
Do ponto de vista operacional, os meses de janeiro a junho registaram um pior desempenho do que no período homólogo. Os rendimentos operacionais do grupo diminuíram 18,2% no primeiro semestre, para 331,2 milhões de euros. O desempenho em Portugal (-22,6%) foi mais negativo do que no exterior (14,8%). Dos principais mercados, só Angola registou uma evolução positiva.
Os gastos operacionais também recuaram (16,2%), para 304,4 milhões, mas de forma não tão expressiva como as vendas. O resultado operacional caiu 65,2% para 8,64 milhões.
Os meios libertos de exploração (EBITDA) também registaram uma evolução negativa, descendo 35,7% face ao período homólogo.
Já o resultado financeiro passou de uma perda de 10,05 milhões no primeiro semestre de 2024 para um ganho de 49,4 milhões este ano, em resultado do acordo de refinanciamento da dívida bancária celebrado em março, que estabeleceu um novo plano de reembolso com o alongamento das maturidades e otimização do custo de financiamento, gerando um impacto positivo de 60 milhões de euros nas contas.
Este efeito permitiu que o resultado líquido do primeiro semestre se cifrasse em 42,38 milhões de euros, mais 32,9 milhões do que no período homólogo.
Na construção, a principal atividade do grupo com um peso de 53,5% do EBITDA, as vendas e prestações de serviços recuaram 6,2% para 195,26 milhões de euros, com a quebra em Portugal a chegar aos 16,4%. “A carteira de encomendas da construção fixou-se em 1.630.328 milhares de euros em 30 de junho de 2025, refletindo um aumento de 5,9% face a 31 de dezembro de 2024”, adianta o grupo em comunicado.
No negócio das concessões e serviços, as vendas aumentaram 8,7% face ao mesmo período do ano passado para 47,2 milhões. Na hotelaria aumentaram 2,7%, para 20,4 milhões e na distribuição 8,5% para 46,7 milhões. Em sentido contrário, no setor automóvel as vendas recuaram 8,9%, para 8,34 milhões, “essencialmente por força do condicionamento das importações decorrente da dificuldade de acesso a divisas, assim como da desvalorização do Kwanza angolano”.
A maior quebra aconteceu no Imobiliário, com as vendas a recuarem de 53,5 milhões nos primeiros seis meses de 2024 para 2,44 milhões este ano. Só quando os empreendimentos são entregues é que a Teixeira Duarte os contabiliza nos resultados. No período homólogo tinha registado vendas de terrenos urbanizados em Loures e de habitação em Vila Nova de Gaia.
O EBITDA recuou em todas as áreas de negócio, à exceção da Hotelaria, onde registou uma melhoria de 6,2%.
A dívida financeira líquida o grupo cifrou-se em 565,4 milhões no final de junho, menos 77,6 milhões do que em dezembro de 2024.
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