Entre o dever de informar e a adesão è greve, Sindicato dos Jornalistas faz balanço “extremamente positivo”
"Os jornalistas continuam a colocar o dever de informar acima dos interesses até pessoais, mas há alturas em que temos que deixar uma mensagem. Foi deixada", diz presidente do SJ.
Luís Simões, presidente do Sindicato dos Jornalistas, faz um balanço “extremamente positivo” da adesão dos jornalistas à greve geral de 11 de dezembro. A adesão é “enorme”, “basta ver os jornais de amanhã e a forma como durante o dia funcionaram as rádios“, aponta.
Ainda sem números fechados, em conversa com o +M, o sindicalista aponta como exemplo a Lusa, que está sem serviço desde a meia-noite, a Antena 1, também sem informação e vários programas, a adesão “acima dos 50%” na TSF, os 18 jornalistas do Diário de Notícias [cerca de metade], a adesão “muito significativa” no Expresso, com a editoria de Internacional sem jornalistas e “várias outras” muito reduzidas, a adesão “muito grande” na SIC, a RTP Madeira, em que todos os repórteres de imagem fizeram greve, ou o Público, título no qual a adesão também foi significativa.
“Leitão Amaro faz lembrar o ministro da Informação do Iraque“, atira, comparando a desvalorização que o ministro da Presidência fez da greve às afirmações daquele que ficou conhecido como “Comical Ali”, pelo contraste entre as suas afirmações e a realidade, durante a invasão ao Iraque.
“Os jornalistas continuam a colocar o dever de informar acima dos interesses até pessoais, como se não fossem trabalhadores como os outros, mas há alturas em que temos que deixar uma mensagem. Foi deixada”, acredita, referindo também o dilema entre fazer greve e noticiar a greve.
“A maioria das notícias foi sobre a greve, tal como acontecerá amanhã, nas edições em papel“, reforça.
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